11 abr, 2024 - 16:37 • Diogo Camilo
O líder do Chega acusou esta quinta-feira Luís Montenegro de querer "provocar uma crise política" ao não ouvir o partido, criticando a “chantagem à oposição” e pedindo ao primeiro-ministro uma mudança do discurso.
Em jeito de ultimato, à margem do debate do Programa do Governo, André Ventura rejeita que o Chega vá servir de “suporte do Governo”, apelidando de “absolutamente irresponsável ou suicidária do ponto de vista político” a estratégia do PSD.
“É inadmissível que se chegue ao programa do Governo em que não houve nenhuma conversa - nem com o Chega, nem com o PS - e que se diga simplesmente: ou é assim ou não funciona”, afirmou, pedindo a Montenegro um sinal de que percebe que o evitar de um impasse não significa nada - “nem sobre o Orçamento do Estado, nem sobre a legislatura”.
Ventura deixa ainda as moções de confiança com Montenegro, mas afirma que o primeiro-ministro “não contribuiu para a confiança pública do Parlamento”. “Em democracia, quando não há maiorias, negoceia-se, cede-se e apresentam-se propostas alternativas. O Chega pode não obstaculizar o Programa de Governo, mas não se torna por isso uma muleta do Governo.”
"Queremos que Montenegro oiça as nossas palavras", voltou a pedir, anunciando a decisão "firmada" de não inviabilizar o Programa de Governo, permitindo que o Executivo entre em funções.