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Montenegro diz não governar para telejornais e recusa comentar polémica do IRS

15 abr, 2024 - 19:41 • Lusa

O primeiro-ministro insistiu por diversas vezes que "os portugueses podem estar tranquilos" porque o Governo vai "empreender toda a energia" no cumprimento das promessas e das propostas que a Aliança Democrática durante a campanha eleitoral.

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O primeiro-ministro recusou esta segunda-feira "aprofundar" a proposta em torno do IRS e remeteu para o momento em que for aprovada pelo Conselho de Ministros, sublinhando que governa para cumprir promessas eleitorais e não para a "abertura dos telejornais".

Luís Montenegro foi questionado várias vezes sobre a proposta de descida do IRS (imposto sobre o rendimento de pessoas singulares) por jornalistas em Madrid, numa conferência de imprensa ao lado do homólogo de Espanha, Pedro Sánchez, e respondeu sempre que não era "nem a hora nem o local próprio para aprofundar este tema".

"A medida de desagravamento fiscal que apresentámos no parlamento português na semana passada será agora alvo de uma decisão do Conselho de Ministros, como também foi anunciado, e será depois aprofundado em detalhe todo o seu alcance", acrescentou.

Luís Montenegro disse ainda que o executivo português que lidera não vai governar "a pensar na abertura dos telejornais, nem das páginas dos jornais d dia seguinte" ou "reboque daquilo que, com muita propriedade e com toda a legitimidade se comenta na praça pública".

O primeiro-ministro insistiu, a este propósito, por diversas vezes, em que "os portugueses podem estar tranquilos" porque o Governo vai "empreender toda a energia" no cumprimento das promessas e das propostas que a Aliança Democrática durante a campanha eleitoral.

"Não há verdade nem lealdade maior de um governo do que cumprir aquilo a que se propôs em campanha eleitoral e é nisso que o governo português está absolutamente focado, em cumprir a palavra, o compromisso, o contrato que estabeleceu com o povo português na última campanha eleitoral", afirmou.

A polémica em torno das medidas de redução do IRS surgiu depois de, em entrevista à RTP na sexta-feira, o ministro das Finanças ter dito que os 1.500 milhões de euros de alívio no imposto, referidos pelo primeiro-ministro no debate do programa do Governo no parlamento, não vão somar-se aos cerca de 1.300 milhões de euros de redução inscritos no Orçamento do Estado para 2024 e já em vigor, explicando que a medida rondará os 200 milhões de euros.

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  • Anastácio José Marti
    17 abr, 2024 Lisboa 13:44
    O tempo e os factos dir-nos-ão. pois ainda nada se viu no que á habitação diz respeito, a redução da carga fiscal está a ser uma farsa, a desonestidade intelectual que ainda hoje é o fazer incidir descontos para a ADSE, IRS, CGA, etc, sobre os Subsídios de Férias e de NATAL impostos a quem trabalha desde o último governo PSD ainda hoje se mantêm sem que o país tenha as necessidades financeiras que teve quando a esta injustiça recorreu, não será já altura de devolver a quem trabalha os subsídios de férias e de natal por inteiro senhor Montenegro e restantes elementos do PSD que souberam há 11 anos retirarem a quem trabalha, pelo menos 1/3 de ambos os subsídios mencionados? O que dizer dos trabalhadores DEFICIENTES a quem o país sabe impor que tenham uma incapacidade de pelo menos 80% há pelo menos 15 anos quando a um PSP lhes exige apenas e só 55 anos de idade para que se possam aposentar sem penalização? É assim com estas disparidades gritantes que o Princípio da Igualdade de tratamento é respeitado e feito respeitar senhor Primeiro Ministro? Acrescentando a todas estas vergonhas uma outra nada menor que é a do facto de um Estado que se diz de Direito e Pessoa de Bem, ainda hoje, 17/4/2024, continuar a impedir nos seus quadro trabalhadores DEFICIENTES de se realizarem profissionalmente e de ingressarem na carreira de Técnico Superior quando reúnem os requisitos legais há décadas para isso, num país e numa UE que subscreveram a Declaração Universal dos Direitos Humanos que estes exemplos provam que nunca respeitaram até hoje. Onde estão a vergonha, boa fé, honestidade intelectual, moralidade, formação humana e o respeito pela legalidade em cada um destes casos aqui descritos senhor Primeiro Ministro?
  • António dos Santos
    16 abr, 2024 Coimbra 13:38
    É imbecil que está para governar e não para comentar notícias. Pois ele é um cobarde e incompetente!!! Devia ter aprendido a ser governante antes de assumir este cargo, para o qual não tem estaleca.

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