20 abr, 2024 - 13:59 • Manuela Pires , Filipa Ribeiro
Um mês e meio depois das eleições legislativas, Nuno Melo diz aos militantes que o CDS “não foi a muleta e o PSD não foi a barriga de aluguer” e avisa que o partido não é um parceiro menor nesta coligação, mas sim um aliado.
“Em 2024, o CDS não foi muleta e o PSD não foi barriga de aluguer. Conquistámos o direito de estar naquele Governo”, disse Nuno Melo acrescentando com o apelo aos centristas. "Nunca se sintam parceiros menores desta coligação, porque não somos. Somos aliados e leais em coligação” conclui o líder do CDS.
No discurso em que apresentou a moção de estratégia Global “Tempo de Crescer”, Nuno Melo disse ainda que o partido é competitivo e leal em coligação e acrescentou "agora se nós juntamos votos e mandatos à coligação nós só fazemos sentido nela se também juntarmos a nossa singularidade e a nossa singularidade significa a nossa marca" afirmou.
Na vontade de crescer, Nuno Melo chama a atenção aos mais novos e explica que apesar dos 50 anos de história, o CDS é um “partido moderno e com respostas” para os jovens.
O líder do CDS, que no início do discurso, pediu aos delegados para estarem “animados e felizes” com este momento, falou da vitória nas eleições legislativas, da Aliança Democrática, e garantiu que o CDS ajudou a derrubar o partido socialista.
Um dos momentos mais aplaudido deste congresso foi quando o líder falou no regresso ao parlamento. Sem nunca falar no Chega ou em André Ventura, Nuno Melo referiu que apesar de serem apenas dois deputados, vão valer por 50. “No que depender de nós a placa do CDS na Assembleia da República nunca mais de lá sairá. A casa-mãe da democracia é por essência a casa mãe do CDS, ajudámos a construir a democracia. Os deputados do CDS são dois, mas valerão por 50, disso ninguém duvide” disse Nuno Melo.
O líder do CDS que já no final do discurso voltou a apontar a importância histórica e política do partido dizendo que ninguém substitui o CDS.
Para o futuro, Nuno Melo quer o partido a crescer e garantiu que a sede histórica do Largo do Caldas vai continuar a ser a casa do partido. O líder do CDS referiu mesmo que os extremistas queriam a sede, mas não são os novos donos do Caldas.
“Depois de nos tempos do PREC ter sido assaltado pela extrema-esquerda, “outros extremistas que davam por certo o desaparecimento do CDS anunciaram que seriam donos do Caldas” disse Nuno Melo numa referência ao Chega, "não são os novos donos do Caldas, a sede nacional é nossa e será nossa, é mais do que um símbolo, é identidade”, garante, concluindo que “com estas coisas não se brinca”.