22 abr, 2024 - 15:43 • Miguel Marques Ribeiro
A nova ministra da Saúde reuniu-se esta segunda-feira com os representantes das ordens profissionais do setor, que fizeram um balanço positivo dos encontros. Uma iniciativa que antecede as reuniões com os sindicatos marcadas para a próxima sexta-feira de manhã. Já Ana Paula Martins, falando aos jornalistas, disse que irá avaliar nos próximos dois meses as propostas que lhe foram apresentadas.
"Todas as propostas que nos fizeram chegar formalmente serão agora avaliadas, uma a uma, nos próximos dois meses, porque parte delas não depende só do Ministério da Saúde, depende do Governo como um todo", afirmou a ministra, depois das reuniões com as ordens dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos, frisando que todas elas estão preocupadas com a resposta do SNS.
"Preocupadas porque sentem que é preciso dar melhor resposta, apesar de o SNS ter uma resposta bastante intensa. Diariamente, fazem-se muitas consultas, fazem-se muitas cirurgias, fazem-se muitas intervenções, mas há, de facto, como todos sabemos, listas de espera e, naturalmente, os profissionais são os primeiros interessados em conseguir responder aos seus doentes", acrescentou a titular da pasta da Saúde.
A Ordem dos Médicos foi a primeira a estar frente a frente com a nova governante. O bastonário Carlos Cortes afirmou à Renascença estar satisfeito com a recetividade da equipa de Ana Paula Martins à proposta de seis medidas para serem adotadas nos primeiros seis meses de governação.
Carlos Cortes está também alinhado com a avaliação já anunciada ao trabalho das unidades de saúde criadas pelo anterior Governo, bem como às atribuições da Direção Executiva do SNS.
A Ordem dos Enfermeiros (OE) levou também propostas à ministra da Saúde. No caso, um conjunto de 16 medidas a serem integradas no plano de emergência que o Governo pretende implementar para o setor. A Ordem mostrou-se ainda preocupada com a falta de 14 mil enfermeiros.
Por seu turno, a Ordem dos Farmacêuticos considerou a “reunião muito positiva”. Hélder Mota Filipe alertou para a “degradação” que tem ocorrido no sector do medicamento e das farmácias, mas mostrou-se satisfeito com a abertura da ministra para escutar as “preocupações das ordens profissionais".
Em comunicado, o gabinete de imprensa do ministério sublinhou que "o processo de diálogo da tutela com os parceiros começou pelas associações de doentes, reafirmando o seu compromisso com as pessoas. Na sexta-feira, dia 19, o Governo recebeu a RDPortugal, a Plataforma Saúde em Diálogo e o GAT - Grupo de Ativistas em Tratamento".