29 abr, 2024 - 16:57 • Susana Madureira Martins com Lusa
Sobre este assunto, no imediato, o partido quer ouvir no parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros, "para explicar o que é que está em causa". "Nós ouvimos responsáveis altíssimos, quer em Angola, quer no Brasil (...) dizer que vão entrar em contacto com o Governo português para começar a concretizar essas ações de reparação e depois isto é uma caixa de pandora", afirmou Ventura. "Se começarmos a compensar o Brasil, vamos ter de fazer o mesmo a Moçambique, a Angola, a Timor, à Guiné, e por aí adiante. À China, e a Macau..."
Ventura falava esta tarde à entrada para o Tribunal Constitucional, onde entregou a lista de candidatos às eleições europeias, considerando que o cabeça de lista do Chega, António Tânger Correia, se arrisca a ser o adulto na sala, perante os candidatos do PS e da Aliança Democrática (AD).
"Temos um cabeça de lista que é vice-presidente do Chega há muitos anos, um nome reconhecido na sociedade, com experiência. Aliás, arrisco-me a dizer que vai ser o único adulto na sala destas eleições europeias, visto que outros estão longe disso e apresentaram candidaturas honestamente ou caricatas ou pouco credíveis", afirmou.
André Ventura indicou que os candidatos foram escolhidos por si e disse esperar "uma grande vitória" do seu partido.
Quanto ao cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho, considerou ser "pouco credível" e à primeira candidata do PS, Marta Temido, disse tratar-se de "um desrespeito para com os portugueses", que "não podia ser pior".
André Ventura defendeu também que estas eleições europeias "não serão uma segunda volta das legislativas, como pretendia Montenegro, mas serão uma clarificação daquilo que aconteceu a 10 de março".