08 mai, 2024 - 22:17 • Susana Madureira Martins
De frente para António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa não voltou a repetir que o ex-primeiro-ministro é “lento, por ser oriental”, preferindo descrevê-lo como alguém "excecional" e um apaixonado pela Europa.
Em apresentação do livro “O Ano Zero da Nova Europa”, de Bernardo Pires de Lima, o Presidente da República falou da sorte que foi ter tido Costa à frente do Governo do PS e desejando-lhe sucesso para a política europeia.
“Foi uma sorte termos aqui um protagonista que viveu isto todos os dias, todas as semanas, durante todos estes anos. Por isso tenho repetido que é uma sorte se ele puder continuar a viver intensamente esta problemática a nível europeu”, disse.
O chefe de Estado definiu ainda António Costa como um “apaixonado pela Europa”: “Não é por acaso que foi o primeiro-ministro com mais longa experiência de governação deste século, com um protagonismo europeu que pude testemunhar - antecipando ideias, problemas, riscos, soluções.”
Costa, que foi criticado por Marcelo por ter um “otimismo irritante”, disse na apresentação do livro que, face aos desafios que a Europa tem, o autor do livro propõe um “otimismo na vontade” - o que levou a risos na sala do CCB.
“Convida-nos todos a termos otimismo na vontade, para que se sobreponha ao pessimismo da razão”, disse, apontando os próximos anos na Europa como “desafiantes”, esperando que o bloco europeu modernize as suas instituições.