14 mai, 2024 - 13:30 • Liliana Monteiro , João Malheiro
Os valores são tão baixos, que o coronel Nuno Gomes diz não saber se deve falar em esmolas ou pensões. À Renascença, o presidente da direção da Associação dos Deficientes das Forças Armadas denuncia que as pensões pagas às viúvas de ex-combatentes com deficiência são insuficientes: "Não sei se chamo aquilo de pensão ou de esmola", defende o militar.
"Às tantas, temos aí viúvas com pensões de cento e poucos euros", revela à Renascença. Segundo o responsável, as viúvas "tiveram de tomar conta dos maridos com deficiência, substituíram-se ao Estado, ficaram com a vida estragada e, agora, ficam sem compensação alguma".
Outro dos problemas apontado pelo militar está relacionado com a falta de apoio clínico aos combatentes que sofrem de stress pós-traumático. "Temos algum apoio, mas há muito trabalho a fazer. É muito importante que a própria sociedade civil participe nisso", descreve.
"Temos alguma falta de apoio, devido a essa falta de efetivos", acrescenta.
Aos jornalistas, durante uma visita diplomática a Espanha, Nuno Melo prometeu a resolução de alguns problemas aos combatentes ainda "nesta legislatura", mas não se comprometeu com medidas concretas. "Temos de fazer escolhas e os militares estão no topo das prioridades dessas escolhas", garantiu o ministro da Defesa.