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Santos Silva aponta "prontidão" do Ministério Público em arquivar manifestação do Capitólio

21 mai, 2024 - 21:17 • Lusa

A 19 de fevereiro, centenas de polícias concentraram-se junto ao cineteatro Capitólio, onde estava a decorrer um debate entre os dois principais candidatos a primeiro-ministro nas legislativas de 10 de março.

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O ex-presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva considerou esta terça-feira que a "prontidão" do Ministério Público (MP) de arquivar o processo da manifestação de polícias no Capitólio, em Lisboa, é como não se tivesse passado nada.

Esta posição do dirigente socialista Augusto Santos Silva foi transmitida na sua conta pessoal na rede social Facebook, após o MP ter decidido arquivar o processo relativo à manifestação de agentes da PSP e de guardas na GNR, em 19 de fevereiro passado, junto ao Capitólio, onde decorria o debate entre os líderes do PS, Pedro Nuno Santos, e da AD, Luís Montenegro.

Na sua nota, Augusto Santos Silva começa por assinalar que, na última campanha eleitoral, "o debate entre os dois candidatos a primeiro-ministro decorreu sob um cerco montado por agentes da PSP e guardas da GNR, desfardados, numa ameaça direta e sem precedentes ao poder democrático".

"Soubemos hoje que a PSP não conseguiu identificar os responsáveis por esse ato indigno e que o Ministério Público arquivou o caso. É como se não se tivesse passado nada", critica o ex-presidente da Assembleia da República.

Depois, Augusto Santos Silva tira a seguinte conclusão: "Lamenta-se a dificuldade de visão dos polícias fardados presentes e louva-se a prontidão da conclusão tirada pelo MP".

"É um sossego saber que a garantia da ordem democrática está em tão boas mãos", acrescenta.

A 19 de fevereiro, centenas de polícias concentraram-se junto ao cineteatro Capitólio, onde estava a decorrer um debate entre os dois principais candidatos a primeiro-ministro nas legislativas de 10 de março, depois de uma concentração que juntou na Praça do Comércio cerca de 3.000 elementos da PSP e da GNR.

Esta concentração na Praça do Comércio estava autorizada e foi organizada pela plataforma que congrega os sindicatos da PSP e associações da GNR.

O protesto junto ao Capitólio foi marcado nas redes sociais pelo "movimento inop" e não teve a participação da plataforma, sendo também através daquelas redes que foram lançadas todas as diretrizes que os polícias deviam seguir.

A notícia sobre o arquivamento do inquérito ao "cerco do Capitólio", nome pela qual ficou conhecida a manifestação das forças de segurança, foi avançada hoje pelo jornal Público.

Esta terça-feira, a PSP adiantou à agência Lusa que instaurou 43 processos disciplinares a polícias que participaram na concentração espontânea realizada junto ao Capitólio.

"Em resultado do referido processo de inquérito foi determinada a instauração de 43 processos disciplinares a correr termos em vários comandos territoriais da PSP, os quais ainda se encontram em instrução", indica a PSP.

Além da abertura deste processo de inquérito, a PSP comunicou ao Ministério Público (MP) a realização do desfile e concentração não autorizados junto ao cineteatro Capitólio, obrigando ao corte inopinado de várias ruas de Lisboa.

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  • Justo
    21 mai, 2024 Lisboa 21:01
    Este seguirá o mesmo caminho que o Magalhães, na senda da loucura do comentarísmo fácil, sectário e segregacionista, como verdadeiros fascistas que ambos são. A justiça tarda… e tarda, e tarda, mas eventualmente será feita.

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