26 mai, 2024 - 19:23 • Tomás Anjinho Chagas , Ricardo Vieira
Os partidos já reagiram às projeções das eleições antecipadas deste domingo na Madeira, que apontam para uma vitória do PSD sem maioria absoluta.
O PSD vinca que as projeções das eleições deste domingo na Madeira dão uma vitória ao partido, mas admite que pode formar-se uma maioria de esquerda.
Em reação às primeiras projeções, o conselheiro social-democrata, Jorge Carvalho, sublinha o resultado que coloca o PSD como partido mais votado, embora não consiga a maioria absoluta.
Jorge Carvalho assume uma “geringonça” de esquerda como possibilidade, pelo menos até que sejam apurados os resultados finais.
“Essa possibilidade existe, por isso é que vamos aguardar para percebermos qual a definição que o eleitorado madeirense deu e qual a geometria entendeu dar deste ato eleitoral”, sublinhou o também secretário regional da Educação no governo demissionário de Miguel Albuquerque.
O porta-voz do PSD-Madeira sublinha, no entanto, que o PSD é o partido “vencedor” e “há ainda uma maioria significativa à direita”.
Abstenção deverá ficar entre os 44% e os 49%, adia(...)
Pelo PS, Vítor Freitas afirma o intervalo das projeções é muito grande e "tudo pode acontecer: uma maioria à esquerda e pode existir uma maioria à direita".
O socialista considera que não há condições para uma coligação de direita, tendo por base as declarações dos partidos durante a campanha, e abriu as portas a uma "geringonça" de esquerda.
"Quem falou assim para o eleitorado não pode nesta noite eleitoral de dar o dito por não dito e terá que manter a palavra dada. Essa direita disse que não faria uma coligação com o PSD e com Miguel Albuquerque", afirmou Vítor Freitas.
Francisco Gomes, do Chega, diz que os madeirenses expressaram "um desejo de mudança" e que, "à direita, o único partido que cresce é o Chega".
O mandatário da candidatura do Chega reiterou que “está fora de questão” um acordo pós-eleitoral com o PSD.
“Estava fora de questão no início da campanha, a meio, no fim, e está fora de questão agora, até porque temos os nossos presidentes, quer o nacional, como o regional, como homens de palavra, por isso um acordo com o PSD neste momento não creio que esteja nos planos do Chega”, disse Francisco Gomes.
Pelo CDS, que Luís Miguel Rosa diz que o objetivo era manter um grupo parlamentar, o que deverá acontecer, mas a noite "vai ser longa" e com muitas contas.
"O CDS mantém-se firme na região, junto com o povo e com a sua confiança", salientou Luís Miguel Rosa.
Miguel Ganança, do Juntos pelo Povo, numa primeira reações às projeções, diz que partido vai aguardar "de forma serena e responsável” pelos resultados finais.
Sobre eventuais futuras coligações, Miguel Ganança sublinha que a "coligação do JPP é com os madeirenses e porto-santenses".
O JPP poderá ser o partido que mais pode crescer nestas eleições.
Segundo a projeção da Católica, 10% a 19% dos votos são do JPP, o que significa que o partido pode eleger entre 7 a dez deputados.
Ricardo Lume, candidato da CDU às eleições regionais, reagiu às projeções referindo que estas "são idênticas às de anos anteriores, que davam à CDU a possibilidade de eleger um deputado".
"Vamos aguardar pelo final da noite pela eleição de um deputado da CDU", afirmou.
Edgar Silva deverá ser o único eleito pelo partido.
O PSD vence as eleições deste domingo na Madeira, mas não consegue a maioria absoluta e vai precisar de uma coligação, indica a projeção RTP-Católica avançada após o encerramento das assembleias de voto, pelas 19h00.
O partido liderado por Miguel Albuquerque ganha com um resultado entre 33% e 38%, o equivalente entre 16 a 21 deputados. Para ter maioria absoluta na Madeira são necessários 24 deputados.
O PS fica em segundo lugar, de acordo com esta projeção, e deverá conseguir entre 21% a 25% e entre 11 a 14 deputados.
[em atualização]