28 mai, 2024 - 15:20 • Isabel Pacheco
Depois de Espanha anunciar o reconhecimento oficial do Estado da Palestina, o candidato do RIR - Reagir -Incluir- Reciclar às eleições europeias, Vitorino Silva, defende que Portugal deve fazer o mesmo. O politico, popularmente conhecido como Tino de Rans, diz ser uma “vergonha” que o Governo ainda não o tenha feito.
“Tenho vergonha de ser português e o meu país não reconhecer o estado da Palestina”, disse, esta terça-feira, o segundo da lista do RIR às europeias à margem de um debate na secundária de Rio Tinto, em Gondomar acusando os politicos portugueses de falta de “voz” e de “coragem” sobre o assunto.
Também a situação da Ucrânia mereceu as criticas de Tino de Rans que acusou os países de “aproveitamento político” ao anunciarem o reforço de apoio militar e financeiro em tempo de eleições.
O ex-candidato à Presidência da República esclareceu não ser contra o apoio ao povo ucraniano, mas que deveria ter sido anunciado “há mais tempo”. “Estamos em tempo de eleições”, vincou o candidato defendendo que “os milhões que a Espanha e Bélgica deram” [à Ucrânia] podem criar “confusão” nos eleitores.
Já sobre Volodymyr Zelensky, que visita o nosso país esta terça-feira, o fundador do RIR assumiu simpatia pelo Presidente ucraniano que, disse, ser o exemplo de que do humor também saem bons políticos.
“É a prova que qualquer pessoa vinda do nada pode chegar a Presidente da República. O povo ucraniano acreditou num homem de quem muita gente se riu, que era um humorista e, às vezes também é preciso humor na política, porque o humor também consegue resolver os problemas do país”, lembrou o número dois do partido às eleições europeias.
“É muito mais fácil um humorista ser Presidente da República do que um Presidente da República ser humorista”, defendeu.
Olhando para as eleições ao parlamento europeu, Tino de Rans apontou como meta do partido a eleição da cabeça de lista e presidente do RIR, Marcia Henriques. Um resultado que Tino de Rans acredita não estar fora do alcance.
“Eu já tive 152 mil votos nas presidenciais”, lembrou. “Se o RIR tiver 150 mil votos, desta vez, elege gente no Parlamento Europeu”. “Também merecemos ter vez”.
Portugal elege a 9 de junho 21 dos 720 deputados do parlamento europeu. Às eleições europeias concorrem 17 partidos e coligações.