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Europeias 2024

​CDU intensifica ataques ao Chega. “Representa tudo o que pode haver de pior”

31 mai, 2024 - 20:55 • Cristina Nascimento

Depois do secretário-geral do PCP, esta sexta-feira foi a vez do primeiro candidato ao Parlamento Europeu tecer duras críticas ao partido de André Ventura.

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O PCP tem sido questionado inúmeras vezes sobre a perda de eleitorado para o Chega, por exemplo em zonas tradicionalmente comunistas, como no Alentejo. Nas legislativas, quando confrontados, pouco mais adiantavam do que negar esse cenário de transferência de votos.

Nesta campanha eleitoral para as eleições europeias de 9 de junho, o tom mudou. Esta sexta-feira, em Faro, distrito onde o Chega venceu em março, João Oliveira foi novamente questionado sobre o assunto. A resposta foi dura.

“O Chega representa tudo aquilo que há de pior na sociedade e representa tudo aquilo que pode haver de pior”, começou por dizer o cabeça de lista da CDU.

João Oliveira foi depois mais longe. Defendeu que é preciso “demonstrar às pessoas que não há nada de bom que venha da política e das ideias que o Chega defende, pelo contrário. As ideias do Chega são ideias de conflito, de confronto, de divisão do povo, de agravamento ainda maior das dificuldades que as pessoas têm”.

Mas não foi só João Oliveira que endureceu o tom. Já em Beja o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusava o partido de Ventura de “estar a marimbar-se para a imigração”, defendendo a tese que o Chega quer manter essa polémica, favorecendo até a imigração ilegal, de forma a enfraquecer os direitos dos trabalhadores.

O PCP tem tentado colar com veemência o Chega às políticas que defendem os grandes poderes económicos, em detrimento da defesa dos trabalhadores e do povo.

Voltando a João Oliveira, a Renascença questionou o candidato da CDU se, perante a perda de votos, não será necessário ajustar o discurso do PCP.

“Nós continuaremos sempre ao lado dos trabalhadores e do povo, mesmo quando a força do ponto de vista eleitoral se expressa de outra maneira”, assegura, mas reconhece que “faz mossa ter menos força eleitoral”.

Ainda assim, termina em tom otimista: “Não é isso que nos desanima, nem é isso que compromete a nossa determinação em manter o mesmo compromisso com os trabalhadores e o povo”.

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