Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

RIR alerta que Portugal "não está a cumprir leis europeias sobre refugiados"

30 mai, 2024 - 14:16 • Alexandre Abrantes Neves

A presidente do partido avisa que atrasos na AIMA já estão a prejudicar ucranianos. Márcia Henriques demarca-se ainda de Tino de Rans - e esclarece que partido não defende reconhecimento imediato da Palestina.

A+ / A-

A cabeça-de-lista do Reagir-Incluir-Reciclar (RIR) alerta para o facto de Portugal não estar a cumprir com a legislação europeia em matéria de refugiados.

Márcia Henriques reuniu-se esta quinta-feira com a embaixadora da Ucrânia em Lisboa, num encontro que serviu para discutir a integração do país na União Europeia e as dificuldades atravessadas pela comunidade ucraniana em Portugal.

Entre os temas abordados, a presidente do RIR destaca os atrasos na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) – e lamenta que o governo não faça mais para cumprir o seu papel nesta matéria.

“As pessoas precisam de autorizações de residência para conseguir trabalhar e ver os seus direitosreconhecidos. Nós defendemos que os Estados Membros que não cumprem com esta legislação europeia devem ser condenados e Portugal, neste momento, não está a cumprir. Não se vê nada da parte do governo para mudar alguma coisa – e a imigração ilegal e a exploração de trabalho preocupam-nos”, criticou.

Márcia Henriques ressalvou ainda que o encontro de cerca de uma hora com Maryna Mykhailenko serve também para “desmitificar” alguns medos relacionados com a entrada da Ucrânia na UE.

A líder do RIR reforça que a integração ucraniana vai permitir a “diminuição da importação de cereais de fora do espaço Schengen” e que “não traz perigo nenhum à agricultura portuguesa”, uma vez que “Kiev vai ter de cumprir todos os objetivos definidos nas negociações estratégicas”.

Noutro plano, e sobre as declarações de Tino de Rans que disse ter vergonha de Portugal por ainda não ter reconhecido a soberania da Palestina, Márcia Henrique esclareceu que essa é apenas a opinião do candidato do RIR e não a posição oficial do partido.

“Nós consideramos que o Estado da Palestina já devia ter sido reconhecido já há muito. A posiçãooficial do partido é a posição tomada pelo Presidente da República e pelo Governo português. Temos de ser cautelosos porque, do lado da Palestina, governa um grupo de terroristas (...). Todos nós queremos paz, mas temos de [analisar] como queremos chegar a essa paz”, explicou.

Sobre o debate esta quinta-feira à noite, entre todos os partidos sem representação parlamentar na RTP3, Márcia Henriques lamentou que “seja apenas transmitido às 22h30 e espero que as pessoas ainda não estejam a dormir”, mas diz estar pronta para “mostrar as propostas do RIR”.

O RIR vai continuar na estrada para mostrar, “dentro das possibilidades financeiras da nossa caravana”, que merece um lugar no parlamento europeu – até ao final da campanha, dia 7, há iniciativas planeadas em Lisboa e no Porto.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Anastácio José Marti
    31 mai, 2024 Lisboa 09:37
    Mesmo sabendo que vivem na pátria de Camões. devo informar os dirigentes do RIR que nem só as leis europeias sobre refugiados são ignoradas e desrespeitadas por Portugal. Será que o RIR e os que o dirigem não conhecem muitas outras leis que são autênticas letras mortas neste país e sobre as quais continuamos a não ouvir o RIR nada dizer? Porque será? Desde logo o Princípio da Igualdade de Tratamento que nunca foi respeitado para com os trabalhadores DEFICIENTES, que sempre foram, são e serão discriminados negativamente no seu posto de trabalho, inclusive, o Estado português. A este desrespeito pela lei o RIR nada tem a dizer-nos? Passando à Declaração Universal dos Direitos Humanos que Portugal e a UE subscreveram e nunca respeitaram, o que tem o RIR a dizer para que tal subscrição deixe de ser letra morta como sempre o foi? estes são apenas e só alguns pequenos grandes exemplos que nos provam que os políticos do RIR a exemplo de todos os outros partidos continuam a dormir pois nada fizeram até hoje para denunciarem estas ilegalidades e muito menos provaram qualquer respeito pelas vítimas das mesmas. É para assim procederem que sabem pedir o voto ao povo quando dele necessitam?

Destaques V+