02 jun, 2024 - 17:28 • Lusa
Portugal conseguiu incluir nas conclusões do último Conselho da União Europeu do tema da energia, telecomunicações e transporte a importância das interligações elétricas na União Europeia, "decisivas" para o país aproveitar o potencial em energias renováveis, anunciou este domingo o Governo.
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, esteve presente na última reunião formal do Conselho dos ministros da Energia, na quinta-feira, onde "reforçou a extrema importância das interligações, bem como as metas acordadas ao nível do Conselho Europeu já em 2014 e refletidas em diversos documentos da União, incluindo o Regulamento de Governação da União da Energia", refere uma nota de imprensa do seu gabinete.
Enquanto o Conselho Europeu reúne os chefes de governo dos 27 países da União Europeia, o Conselho da União Europeia é formado pelos ministros dos governos nacionais, reunidos em encontros setoriais.
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Segundo o comunicado do Ministério do Ambiente e Energia, o Governo português considera necessário o "avanço das interconexões na Europa como sinal de uma maior segurança e resiliência do sistema elétrico entre os 27 Estados-Membros".
A proposta nacional contou com os apoios da Alemanha, da Dinamarca, da Espanha, do Luxemburgo, dos Países Baixos e da Bulgária, entre outros, tendo passado a constar no documento final aprovado pelos representantes dos 27 Estados-Membros.
"Sendo Portugal um país privilegiado em recursos endógenos renováveis e com um valioso potencial na contribuição para a descarbonização, as interligações são decisivas. Só com uma rede integrada e coordenada teremos um verdadeiro mercado interno de energia na União", salientou Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado.
A governante da Aliança Democrática acrescentou que a "intervenção de Portugal foi decisiva para acautelar, nas conclusões sobre o desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis da rede elétrica, a relevância das interligações, que estão acordadas desde 2014".
Sob a alçada da presidência belga do Conselho da União Europeia, ficou reconhecido nas conclusões que é "necessário um sistema de energia totalmente integrado, interligado e sincronizado, bem como um planeamento de infraestruturas de rede elétrica coordenado a longo prazo".
O documento final refere ainda que este planeamento "deve ser combinado com a coordenação dos planos nacionais a nível regional e ter em conta as especificidades das regiões não interligadas ou insuficientemente interligadas".