04 jun, 2024 - 22:08 • Cristina Nascimento
Não cabia mais ninguém em cada uma das mesas, a lotação da sala da Casa do Alentejo estava no limite. Com entusiamo e alegria, cerca de 250 mulheres fizeram fila para estar presentes no almoço com o candidato da CDU.
Recebido com entusiasmo, assim que João Oliveira tomou a palavra foi para falar sobre a especificidade da assistência.
“A minha mãe costuma dizer que eu, onde quer que vou, arranjo sempre umas madrinhas que tratam de mim e me apaparicam. Se ela tivesse andado comigo ao longo da campanha e se tivesse hoje aqui havia de dizer ‘eu não te digo’”, disse, arrancando gargalhadas.
Nas mesas estavam mulheres de todos os estilos e todas as idades. Questionámos Luísa Viana, 80 anos, como tem visto a campanha feita por João Oliveira.
“Muito bem, tenho gostado muito, está a cumprir como deve ser”, começa por dizer. Depois perguntamos pela expectativa para o resultado eleitoral: “isso é que é mais difícil, mas acho que sim que vamos ter um resultado bom”.
Cabeça de lista João Oliveira argumenta que a Cons(...)
Noutra mesa, junto à porta de entrada, está Vanda Figueiredo, 49 anos. “João Oliveira tem estado muito bem, tem andado por todo o país, assim como todos os outros candidatos. Temos feito uma boa campanha”, analisa.
Sobre os resultados eleitorais prefere dizer “vamos ver” e cita Álvaro Cunhal: “as derrotas não nos desanimam, nem as vitórias nos iludem”.
“Estamos a dar o nosso ponto de vista, naquilo em que acreditamos e aquilo que entendemos que é a solução para o país dentro da União Europeia”, argumenta.
Numa mesa no canto da sala, encontramos algumas das presenças mais jovens. Falamos com Catarina Pereira, 27 anos, brasileira. Chegou a Portugal há dois anos para tirar o mestrado, por cá ficou e encontrou no PCP a sua família política.
“Sou militante da Juventude Comunista Portuguesa”, declara. E quais foram os argumentos do PCP que a fizeram filiar-se? “Eu acredito que é a única força política que tem um projeto realmente alternativo para Portugal e, sendo o país no qual eu escolhi viver, acho que [o país] merece um novo horizonte e uma nova perspetiva de como orientar as coisas”.