05 jun, 2024 - 10:59 • Raul Santos , Olímpia Mairos
Depois do chumbo da proposta de PSD e CDS, o Partido Socialista acaba de ver aprovada a proposta de redução das taxas até ao 6º escalão. Aprovação com votos favoráveis da esquerda e abstenção do Chega.
No Parlamento, o líder parlamentar centrista, Paulo Núncio, utiliza a expressão “cheringonça” para criticar o partido de André Ventura e não poupa o PS.
“O PS parece que ainda não percebeu que perdeu as eleições. Está a tentar governar na oposição e procura arranjar um novo parceiro político e aprovar medidas, ao contrário de tudo aquilo que fez nos 8 anos de governação”, acusou o deputado.
Já em relação ao Chega, Paulo Núncio diz que “demonstrou mais uma vez que o seu parceiro político para esta legislatura se chama Partido Socialista”.
“O que pensarão os eleitores do Chega que votaram no Chega e veem agora o Chega no Parlamento a juntar-se sistematicamente à esquerda e ao Partido Socialista?”, questiona.
“Eu diria que isto é geringonça no seu esplendor, mas representa o pior que existe na política portuguesa”, atira.
O partido de André Ventura considera que a proposta dos socialistas é melhor do que a do PSD, porque defende “1 milhão e meio de contribuintes com rendimentos mais baixos”.
Já o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, numa ação de campanha para as europeias em Bragança, recusou uma colagem do PS ao Chega, afirmando que a aprovação da proposta revela a falta de diálogo do Governo com as oposições.
“O que isto mostra é que nós precisamos de ter um Governo que dialogue mais, que negoceie mais”, disse Pedro Nuno Santos, acrescentando que “o Governo tem ostensivamente evitado o Parlamento e, portanto, evitado a necessária negociação parlamentar”.
O líder socialista regista, por isso, “positivamente que tenha passado uma proposta de redução de IRS mais justa do que aquela que o Governo tinha apresentado”.
[notícia atualizada às 12h35 de 5 de junho de 2024]