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Porto

Nem "amigos" de Putin nem "figurações da UE". CDU à defesa e ao ataque no Porto

07 jun, 2024 - 00:15 • Ana Fernandes Silva

CDU e AD não se cruzaram esta quinta-feira por “um triz” na Rua de Santa Catarina. João Oliveira subiu a avenida com críticas à presença de "figurões da União Europeia" na campanha. Paulo Raimundo desvaloriza polémica que compara os comunistas com o regime de Putin. "Uma mentirola", atira.

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Bandeiras ao alto, numa caminhada audível, com os cânticos de centenas de militantes da CDU a entoarem na última arruada dos comunistas, no Norte.

A Rua de Santa Catarina ficou pintada com as cores do partido, ao final da tarde desta quinta-feira. Mas, só durante alguns minutos, já que pouco tempo depois, em sentido contrário viria a descer a comitiva da Aliança Democrática (AD), com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Numa das principais artérias da cidade "Invicta", João Oliveira acenava ao lado do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que na reta final da campanha tem demonstrado, presencialmente, total apoio ao candidato na corrida ao Parlamento Europeu.

O cabeça de lista às europeias aproveitou a multidão, no Porto, para criticar “quem anda a fazer campanha com figurões da União Europeia”, criticando assim a presença de Ursula von der Leyen na campanha da Aliança Democrática.

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De sorriso no rosto, descontraído, João Oliveira não fugiu à polémica do dia sobre os comunistas. “As políticas de Putin são privatizações, ataques aos direitos dos trabalhadores, à intervenção sindical, àquilo que são aspetos fundamentais que fazem parte da democracia conquistada com o 25 de Abril”, respondeu.

Em causa a notícia do jornal europeu Político, que aponta os dois eurodeputados da CDU como estando entre os mais alinhados com a Rússia, em Bruxelas, por desde 2020 não terem aprovado nenhuma das 16 resoluções que condenam as ações da Rússia.

Um assunto que mereceu também um comentário de Paulo Raimundo, que disse tratar-se de uma “mentirola”.

“A CDU quer salvar a Europa, por uma Europa de justiça, de igualdade para a maioria”, rematou o líder comunista.

O secretário-geral do PCP aproveitou ainda para apelar mais uma vez ao voto e à coragem "para enfrentar aqueles que se acham donos do país e da Europa".

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