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​Pedro Nuno Santos: "AD pode tudo e a oposição tem que comer e calar"

07 jun, 2024 - 00:44 • Susana Madureira Martins , com redação

Líder socialista garante que o partido está "disponível para cooperar” com o Orçamento do Estado na mira, mas quer derrotar a direita e a extrema-direita.

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​Pedro Nuno Santos: “A AD pode tudo”
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Pedro Nuno Santos quer o PS a derrotar a extrema-direita e a direita toda. Num comício em Aveiro para as eleições europeias, o líder do PS fez da AD o principal alvo, recusando qualquer colagem ao Chega na aprovação da proposta de IRS.

Pedro Nuno Santos disse ainda que se permite ao Governo de Luís Montenegro o que nunca se permitiu aos governos do PS.”A AD pode tudo”, foi a frase que se ouviu mais no comício desta quinta-feira à noite.

O Governo apresenta medidas sem dizer quais são os custos, não cumpre advertências da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e multiplica exonerações, atira o líder socialista.

“Fazem de conta que dialogam, fazem uma reunião connosco e dias depois estão a aprovar as medidas. Aprovam em Conselho de Ministros matéria de direitos, liberdades e garantias para não passarem pelo Parlamento. A AD pode tudo e a oposição tem que comer e calar... Não será assim nunca connosco, o PS fará sempre o seu trabalho, continuaremos a apresentar propostas disponíveis para ser parte da solução. Estamos disponíveis para cooperar”, sublinhou.

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Pedro Nuno Santos recusa qualquer colagem ao Chega, por causa de propostas que o PS apresenta e faz aprovar, e avisa que os socialistas não se vão deixar condicionar e vão continuar a apresentar propostas como a do IRS. Cada socialista deve ser “um soldado neste combate” e ajudar a desmontar a mensagem da AD.

“A nossa proposta permite reduzir o IRS a todos os contribuintes, dos mais pobres aos de cima. Todos, todos”, declarou.

O líder do PS coloca toda a direita no mesmo saco de combate e considera que é preciso “derrotar” a extrema-direita, mas também a direita tradicional com uma agenda cada vez mais radical.

“Nós não fazemos equivalências, mas também não fazemos de conta que quem está a governar em alguns países com a extrema-direita é a direita tradicional e que algumas bandeiras da extrema-direita foram incorporadas no discurso e na agenda de muita da direita tradicional na Europa”, argumenta.

Ao mesmo tempo que define toda a direita como um alvo, no comício de Aveiro, Pedro Nuno Santos mantém aberta a porta aberta do diálogo com o Orçamento do Estado na mira.

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