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Comentário às europeias. AD “não capitalizou” anúncios do Governo

10 jun, 2024 - 01:48 • Ricardo Vieira

Socialista André Pinotes Batista considera também que “há uma dupla penalização da extrema-direita” nas europeias. Duarte Pacheco, do PSD, defende que, apesar da derrota, a “AD não perdeu apoio em relação a março”.

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André Pinotes Batista, do PS, e Duarte Pacheco, do PSD, analisaram os resultados das eleições europeias deste domingo numa edição especial do programa Casa Comum da Renascença.

Numa altura em que os resultados ainda não estavam fechados, o socialista André Pinotes Batista disse que a Aliança Democrática (AD) “não capitalizou” nas eleições europeias as medidas anunciadas pelo Governo nas últimas semanas e o PS conseguiu inverter a derrota nas eleições legislativas de março.

O Partido Socialista foi o partido mais votado nas eleições europeias em território nacional (32%), por uma margem de apenas 38 mil votos. Conseguiu eleger oito deputados, mais um do que a AD (31%). O Chega ficou em terceiro lugar, com dois deputados, mas perdeu “gás” em relação às legislativas de março.

Pinotes Batista considera que nestas eleições europeias, também, que “há uma dupla penalização da extrema-direita” e considera que André Ventura é um dos derrotados da noite.

Há uma dupla penalização da extrema-direita, nomeadamente de André Ventura, que a certa altura teve que ir em socorro de Tânger Corrêa, que foi um erro de casting. Esta derrota é mesmo de André Ventura, em contraciclo com o crescimento da extrema-direita na Europa.”

O dirigente do PS admite que haverá “contaminação” dos resultados das europeias no plano nacional. “André Ventura passou a ser o mais pressionado dos líderes no sentido do que vai acontecer nos próximos meses”, sublinha.

Ainda para Pinotes Batista, o ex-primeiro-ministro António Costa tem agora “condições reforçadas para ter um cargo de relevo na Europa”.

“AD não perdeu apoio em relação a março”

Duarte Pacheco, do PSD, considera que, apesar da derrota, a “AD não perdeu apoio em relação a março”, quando venceu as eleições legislativas e chegou ao Governo.

“A AD não perdeu apoio em relação a março. Ainda tem aquele apoio consolidado. Ampliá-lo é importante, mas as pessoas têm que sentir os resultados das políticas anunciadas pelo Governo”, sublinha o antigo deputado social-democrata.

Duarte Pacheco defende ainda que um triunfo por menos de 50 mil votos “não permite fazer uma grande festa” e que a AD não capitalizou em votos as medidas do Governo, porque estas ainda não começaram a produzir efeitos e as pessoas estão fartas de anúncios após oito anos de governação socialista.

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