09 jun, 2024 - 19:57 • João Carlos Malta (texto) , Diogo Camilo (gráficos)
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As projeções das televisões para as eleições europeias, que se realizaram este domingo, revelam um empate técnico entre a AD e o PS que terão percentagens entre os 28% e os 34%. São valores que corresponderão à eleição entre seis e oito deputados para cada uma destas forças políticas.
Os dados tem por base os sondagens à boca da urna feitas pelas casas especializadas para a RTP, SIC, TVI e CMTV.
O Chega perde folgo em relação às legislativas de março e pode mesmo ficar empatado com a Iniciativa Liberal (IL) em número deputados que seguirão para Bruxelas. As diferentes projeções dão a liberais e ao partido de Ventura entre dois a três eleitos.
À esquerda, Bloco de Esquerda e CDU podem mesmo não eleger nesta eleição. As projeções dão a estes partidos resultados entre os 0 e 1 deputado.
O Livre espreita a eleição de Francisco Paupério. Por outro lado, o PAN deverá perder a representação que tinha em Bruxelas. O ADN de Joana Amaral Dias também não deverá eleger.
Em relação à corrida pela vitória nestas eleições europeias, AD e PS vão disputar taco a taco o primeiro lugar nestas eleições. As quatro projeções das televisões dão ainda assim aos socialistas ligeira vantagem com projeções entre 28% e 34%. Isto valerá ao PS entre seis a oito deputados, perdendo entre 1 a 3 deputados em relação ao resultado de 2019.
Já a lista de Sebastião Bugalho tem um resultado cuja mínimo andará nos 26% e poderá chegar aos 33%. Igualará em termos de deputados o resultado de há cinco anos, mas subirá a percentagem de votos obtidos em 2019 (21,94%).
Na luta pelo terceiro lugar, a IL tem uma votação expressiva com um resultado que no mínimo será de 8%, mas poderá ultrapassar os 12%. Cotrim conseguirá assim levar os liberais a eleger dois a três deputados.
O Chega ainda nas eleições legislativas de 10 de março teve 18%, ultrapassando o milhão de votos. Desta vez, o Chega fica quase 10 pontos percentuais abaixo desse valor. O partido de André Ventura terá entre os 8% e os 12,6%. Estes resultados contrariam a tendência do resto da Europa, em que a extrema-direita ganhou peso no Parlamento Europeu.
Ainda assim, Ventura já assinalou que o partido estará pela primeira vez representado em Bruxelas.
À esquerda, o Bloco, o Livre e a CDU podem eleger um deputado ou algum deles ficar sem representação. Os comunistas vão ao que tudo indica, pelo menos, perder um dos dois deputados que elegeram há cinco anos.