Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Casa Comum

Mariana Vieira da Silva: "Alguém achou que o PS ganhava em eleições rápidas?"

12 jun, 2024 - 17:41 • José Pedro Frazão

A antiga ministra da Presidência afirma na Renascença que o PS não tem vontade de abrir uma crise política e não ponderou eleições antecipadas. Abertura para viabilizar Orçamento passa por mudança de estratégia do Governo, avisa deputada socalista.

A+ / A-
Ouça aqui Mariana Vieira da Silva
Ouça aqui Mariana Vieira da Silva. Foto: Ricardo Fortunato/RR

Apesar da vitória eleitoral no último domingo, a ex-ministra Mariana Vieira da Silva reconhece que os resultados das eleições europeias acabam com a ideia de que uma crise política seria positiva para alguma força política. No programa “Casa Comum” da Renascença, a dirigente socialista foi confrontada com eventuais mudanças no quadro político na sequência das eleições de 9 de Junho sustentando que “deixa de haver um incentivo forte, que alguns podiam acalentar, de que uma crise seria positiva”.

A referência de Mariana Vieira da Silva seria para o Governo, mas aplica-se ao Partido Socialista. “Não sei se alguém considerava que o Partido Socialista, depois daquele resultado eleitoral [nas legislativas] achava que ganhava em eleições rápidas. Nós virámos uma página de um ciclo longo de governação e o Partido Socialista tem consciência — e o secretário-geral disse isso mesmo — que tem aqui um trabalho de preparação para um próximo ciclo de governação, que ainda está a iniciar. Portanto, não vejo no Partido Socialista essa vontade, nem expressa, nem deixando de ser expressa”.

A deputada do PS espera que o Governo entre num "ritmo mais sereno de governação do que o país precisa e que os eleitores querem". Mariana Vieira da Silva espera "um clima de maior normalidade na decisão na discussão parlamentar, que não tem acontecido nas últimas semanas, porque houve um corrupio de anúncios muito significativo e agora é preciso a apresentar trabalho".

OuvirPausa
0:00 / 0:00

Entendimento orçamental? "Aguardemos"

Sobre um entendimento entre PSD e PS para uma possível aprovação do Orçamento do Estado, com base no contexto político após as eleições europeias, Mariana Vieira da Silva reconhece abertura, mas pressiona o Governo a mudar a sua estratégia.

"Pareceu-me entender, das declarações da noite eleitoral, esse caminho mais aberto. Mas tudo depende se não utilizamos toda a iniciativa do Governo, como aconteceu nas últimas semanas, ou para sistematicamente lançar auditorias sobre tudo e sobre nada ou para apresentar propostas que à partida, não recolhem nenhum acolhimento", avisa a dirigente socialista que fala agora num "período distinto para trabalhar" depois de duas eleições "muito seguidas" e que " são sempre motivo de alguma instabilidade".

Sobre o Chega, a deputada socialista acrescenta que o PS nunca negociou "nem vai negociar " matérias no Parlamento, sublinhando que o Partido Socialista estendeu várias vezes o apoio ao PSD "na matéria da eleição do Presidente da Assembleia da República e em muitas outras".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Sara
    13 jun, 2024 Lusboa 06:40
    A sorte do ps nas europeias foi a terceira idade, como é possível considerar vencedores quando mais de metade não foi votar

Destaques V+