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Secretário-geral da CGTP garante que "melhor funcionamento democrático é impossível"

21 jun, 2024 - 11:11 • Lusa

Tiago Oliveira rejeita qualquer "fechamento" da central sindical ou "domínio sectário" por parte do PCP.

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O secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, rejeitou esta sexta-feira qualquer "fechamento" da central sindical ou "domínio sectário" por parte do PCP, garantindo que "melhor funcionamento democrático" interno "é impossível".

"O funcionamento democrático da central é este que está à vista de toda a gente: 147 pessoas que estão no Conselho Nacional e que definem as orientações; dezenas de sindicatos que estão filiados na CGTP, que todos os dias estão presentes com os trabalhadores, lado a lado, no local de trabalho. Melhor funcionamento democrático do que este é impossível", afirmou o líder da central sindical em declarações à agência Lusa.

Tiago Oliveira reagia assim a um manifesto divulgado hoje por mais de três dezenas de ex-dirigentes da CGTP-IN, afetos ao PS, ao Bloco de Esquerda e alguns ao PCP, alertando para a "ausência de respostas" da central sindical aos novos problemas e desafios dos trabalhadores e acusando-a de "deriva sectária" e de "falta de transparência".

"Quando precisamos de redes, cooperação e solidariedade europeia, vemos uma prática isolacionista que em nada beneficia uma resposta eficiente do todo sindical, que, para além das diferenças, que existem, precisa de unidade na ação. Quando se impõe ousadia e compromisso, renovação e inovação sindical, temos uma deriva sectária, falta de transparência, duvidosa representatividade, burocracia sindical ao serviço de estratégias alheias e negacionismo da sua própria crise", lê-se num comunicado hoje divulgado.

Contrapondo que "quem faz esse tipo de observação [...] terá que responder por ela e explicar o porquê", o líder da CGTP recorda que, no último congresso da central, em fevereiro, "foram dados números concretos" que atestam a força da organização: "Em quatro anos, sindicalizámos 110.000 novos trabalhadores. Temos, neste momento, mais de meio milhão de trabalhadores associados da CGTP, o que quer dizer que somos a maior organização social do país", salientou.

Referindo-se à "semana de luta" organizada desde quinta-feira até dia 27, com "centenas de iniciativas a decorrer de norte a sul do país", Tiago Oliveira afirma que "é um reflexo daquilo que é a intervenção diária e concreta da CGTP", apenas possível porque se trata de "uma central que está diariamente nos locais de trabalho" e é "conhecedora profunda dos problemas dos trabalhadores".

Sustentando que "este caminho que caracteriza a CGTP, de permanência constante nos locais de trabalho, refuta" todas as acusações feitas ao funcionamento da central, Tiago Oliveira garante que "os trabalhadores têm profundo conhecimento disso".

No manifesto hoje divulgado, os 34 signatários -- ex-membros da Comissão Executiva e do Conselho Nacional da CGTP - consideram que a CGTP que saiu do último congresso "adotou um ainda maior fechamento", ao deixar de ter nos seus órgãos executivos "quem, pela sua representatividade e presença ativa nos locais de trabalho, tem de ser tido em conta e assumir um papel mais relevante na condução da luta que é de todos".

"Quando, por falta de funcionamento democrático, o Conselho Nacional confederal reuniu dois anos e meio sem a participação de todos os sindicalistas socialistas; quando a simples distribuição das propostas alternativas, vindas da corrente socialista ou da corrente bloquista, foi sistematicamente recusada; e quando se esperaria que o congresso último resolvesse o diferendo e engrandecesse o projeto unitário, este assumiu a rutura e os sindicalistas socialistas ficaram imediatamente fora da Comissão Executiva, para onde, mais uma vez, os sindicalistas bloquistas foram barrados", sustentam.

Para os signatários do comunicado hoje divulgado, "a composição político-partidária da direção da CGTP não tem hoje autonomia nem correspondência alguma com a realidade sociopolítica em terreno laboral", sofrendo a central sindical "o domínio e controlo de uma força partidária".

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  • Anastácio José Marti
    24 jun, 2024 Lisboa 14:24
    Só agora é que deram pelo asilo político que ambas as Centrais Sindicais se transformaram neste país? Quando ambas as Centrais Sindicais em 11 anos desde que a Troika saiu do país rigorosamente nada fizeram para que fosse devolvido a quem trabalha os Subsídios de Férias e de Natal por inteiro, deixando de fazer incidir sobre os mesmos os imorais e desonestos descontos para o IRS, ADSE, CGA, etc como pode algum português de bom senso qualificar uma Central Sindical que é cúmplice desta vergonha nacional ainda hoje, 21/6/2024? Se juntarmos a esta vergonha, uma outra nunca menor que é o de na Administração Pública continuarem a existirem trabalhadores DEFICIENTES, vítimas de reais homicídios profissionais com o conhecimento da CGTP, que sempre lhes negou o apoio que lhes foi solicitado, como podem estes trabalhadores DEFICIENTES, acreditar em alguém de qualquer dos sindicatos que tiveram conhecimento destes homicídios profissionais, mas optaram pela cumplicidade e nunca por defenderem quem trabalha, como se fosse para isto que os sindicatos existem? Quando numa mesma Administração Pública onde estas vergonhas se vão passando com a cumplicidade e conivência da CGTP, desrespeitando o PRINCÍPIO DA IGUALDADE DE TRATAMENTO, o que dirão destes supostos sindicatos os trabalhadores DEFICIENTES, vítimas destes homicídios profissionais por parte de alguém que é pago pelo erário público para os saber gerir e o que nos provam saber é, apenas e só, destruição de carreiras daqueles que ignora

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