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Madeira. Chega admite viabilizar Programa de Governo, mas insiste na saída de Albuquerque

24 jun, 2024 - 19:51 • Redação, com Lusa

Já deputada única do PAN no parlamento madeirense considera que o presidente do Governo Regional deixou de ser “o problema” depois de o PSD ter vencido as eleições, apelando a um consenso para acabar com o impasse político.

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O líder do Chega Madeira admite a possibilidade de viabilizar o Programa de Governo, mas vai insistir “até ao último segundo” na demissão do presidente do governo regional, Miguel Albuquerque.

Após a reunião desta segunda-feira à tarde, entre o executivo regional e vários partidos, Miguel Castro, do Chega, mostrou-se satisfeito pelo que diz ser uma mudança por parte do Governo, que se mostrou aberto a negociar.

“Só no final dessas reuniões é que vamos ver se há entendimento ou não. Não está garantido nenhum entendimento para já”, afirmou.

O Chega Madeira continua, contudo, a pedir a saída de Miguel Albuquerque, o que já levou Jorge Carvalho do PSD-Madeira a afirmar que só está em negociação o programa do Governo e não a chefia do executivo.

Face à recusa de PS e JPP, os quatro deputados do Chega são indispensáveis para permitir a aprovação do programa de Governo. As negociações vão prosseguir com cada partido a partir de quinta-feira.

Albuquerque deixou de ser “o problema”

A deputada única do PAN no parlamento madeirense considera que o presidente do Governo Regional deixou de ser “o problema” depois de o PSD ter vencido as eleições, apelando a um consenso para acabar com o impasse político.

“Neste momento, o problema dos madeirenses deixou de ser Miguel Albuquerque, a partir do momento que já fomos a eleições, que o PSD foi o partido com mais votos e o representante da República considerou que Miguel Albuquerque tinha condições para ser indigitado presidente do Governo”, disse Mónica Freitas aos jornalistas, no final de uma reunião entre o Governo Regional e representantes de vários partidos para tentar consensualizar o Programa do executivo, no Funchal.

O deputado único da IL no parlamento da Madeira, Nuno Morna, disse estar disponível para conversar e apresentar propostas que enriqueçam o Programa do Governo Regional, um diálogo que, considerou, já devia ter acontecido antes.

A IL apresentou-se na reunião com uma “postura de diálogo, de abertura”, estando disponível para haver cedências de ambos os lados e “fazer aquilo que devia ter sido feito no início e não foi feito, que é falar com as diferentes forças políticas, no sentido destas apresentarem aquilo que são as suas ideias”, realçou o deputado liberal.

Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que é preciso esperar para ver como evolui o diálogo político na Madeira, mas garante que não está preocupado.

Nas eleições regionais antecipadas de 26 de maio, o PSD elegeu 19 deputados, ficando a cinco mandatos de conseguir a maioria absoluta (para a qual são necessários 24), o PS conseguiu 11, o JPP nove, o Chega quatro e o CDS-PP dois, enquanto a IL e o PAN elegeram um deputado cada.

Já depois das eleições, o PSD firmou um acordo parlamentar com os democratas-cristãos, ficando ainda assim aquém da maioria absoluta. Os dois partidos somam 21 assentos.

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