25 jun, 2024 - 17:23 • Lusa
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), considerou hoje que é positivo para o país que o ex-primeiro ministro António Costa presida ao Conselho Europeu, realçando que tem condições para fazer um "bom trabalho".
"Eu acho que é bom [...] a candidatura de António Costa, houve quem debatesse, mas não tenho nenhuma dúvida de que é positivo para Portugal", afirmou Miguel Albuquerque, depois de questionado pelos jornalistas sobre o acordo preliminar para a nomeação do ex-primeiro ministro para o Conselho Europeu.
O presidente do executivo madeirense falava à margem de uma visita à obra de requalificação da Estrada Regional 204, no concelho de Santa Cruz, que abrange quase oito quilómetros e representa um investimento de "quase 13 milhões de euros" até 2025.
Miguel Albuquerque salientou que "uma coisa é ser crítico da governação, outra coisa é apoiar um compatriota num lugar de destaque na Europa e, sobretudo, num organismo tão importante como o Conselho Europeu".
"As divergências políticas que eu tive com António Costa não impedem de o apoiar e acho que ele tem condições para fazer um bom trabalho", reforçou.
Os seis chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) que, no Conselho Europeu, estão a negociar os cargos de topo, incluindo a nomeação de António Costa, chegaram hoje a acordo preliminar, avançaram fontes europeias à Lusa.
Depois de uma primeira tentativa falhada para acordo no jantar informal de líderes da UE a 17 de junho passado, estes negociadores (de centro-direita, socialistas e liberais) têm estado em conversações sobre os cargos de topo europeus no próximo ciclo institucional, discutindo-se o nome de António Costa para a liderança do Conselho Europeu, o de Ursula von der Leyen para segundo mandato na Comissão Europeia e o da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia comunitária.
Além do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que já disse que apoiaria a nomeação de António Costa, há outros 11 chefes de Governo e de Estado do Partido Popular Europeu (PPE), de países como Grécia, Croácia, Letónia, Suécia, Áustria, Irlanda, Roménia, Finlândia, Chipre, Polónia e Luxemburgo, que assumiram o apoio ao antigo governante português.
É também o Conselho Europeu que propõe o candidato a presidente da Comissão Europeia, instituição que tem vindo a ser liderada desde 2019 por Ursula von der Leyen, num aval final que cabe depois ao Parlamento Europeu, que vota por maioria absoluta (metade dos 720 eurodeputados mais um).