27 jun, 2024 - 15:15 • Pedro Mesquita
O menu é indigesto, mas o atual presidente do Conselho Europeu sabe que terá de ser bem negociado o apoio a Ursula Von der Leyen. Ao que a Renascença apurou, o debate sobre os chamados top jobs europeus — onde se inclui a aprovação do nome de António Costa para suceder a Charles Michel — será guardado para a hora de jantar.
Assim, tudo indica que só ao final do dia, os líderes europeus irão começar a debater o ponto-chave deste Conselho Europeu: a aprovação, pelos chefes de Estado e de Governo, dos altos cargos da União Europeia. Entre eles, inclui-se a proposta do nome de Ursula von der Leyen, para se manter, num segundo mandato, como presidente da omissão Europeia.
Se tudo correr bem, por arrasto, também só durante o jantar desta quinta-feira deverá ser nomeado António Costa para a presidência do Conselho Europeu o que, a acontecer, terá carácter definitivo.
Ainda assim, ao que a Renascença apurou, os lideres europeus não deixarão, esta tarde, de falar sobre o tema, em encontros bilaterais, ou em conversas de corredor. Mas nada ainda formal.
A agenda de trabalhos assim foi definida por Charles Michel que pretende avançar nesta cimeira pelos temas menos sensíveis, antes de entrar nos dossiers verdadeiramente complexos, como a agenda estratégica da União e a questão dos altos cargos.
Antevê-se, portanto, uma noite longa de trabalho, a entrar eventualmente pela madrugada — ou até pelo dia de amanhã — antes de existir uma decisão.
A ideia, como explicava Luís Montenegro à chegada a esta cimeira, é que os 27 consigam encontrar uma base alargada de apoio, que garanta a aprovação do nome de Ursula Von der Leyen, em meados de julho, pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo. E para que exista uma base de apoio à prova de quaisquer surpresas, o Conselho Europeu tentará cativar Georgia Meloni, primeira-ministra italiana, eventualmente concedendo a Itália um cargo executivo de relevo.