15 jul, 2024 - 23:45 • Susana Madureira Martins
A iniciativa nas negociações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) é do Governo, afirmou esta segunda-feira o secretário-geral do PS, no final da reunião da Comissão Política do partido. Pedro Nuno Santos acredita que o executivo de Luís Montenegro se vai aproximar das posições socialistas.
“Estranharia que isso não acontecesse. A expetativa é que estejamos todos à altura do país. Agora, a iniciativa em matéria orçamental é do Governo, portanto, esperaremos pela iniciativa do Governo”, disse aos jornalistas o líder socialista.
Pedro Nuno Santos recorda que a responsabilidade pela elaboração do Orçamento é do Governo de Luís Montenegro.
“O Orçamento não é feito nem apresentado por nós. Este mandato é para gerirmos o processo orçamental. A iniciativa tem de ser de quem tem constitucionalmente a obrigação de fazer, primeiro, e depois de apresentar um Orçamento”, sublinhou no final da Comissão Política.
Entrevista
CDS-PP prepara-se para apresentar iniciativas para(...)
O PS decidiu esta segunda-feira mandatar Pedro Nuno Santos para iniciar um processo de diálogo com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025.
O dirigente nacional Marcos Perestrello diz que o PS não parte para eventuais negociações estabelecendo "linhas vermelhas" e lembra que cabe à AD fazer aprovar o documento.
"Existe do lado do PS uma vontade firme e verdadeira de construir um bom Orçamento do Estado, sendo certo que a obrigação de aprovar esse Orçamento do Estado e de criar as condições para que o Orçamento de Estado possa ser aprovado cabe em primeiro lugar ao Governo e é exclusivo ao Governo", começou por dizer Marcos Perestrello numa curta conferência de imprensa, enquanto a reunião da Comissão Política ainda decorria.
Em entrevista à Renascença, o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, está convencido de que “estão criadas as condições” para a viabilização do Orçamento do Estado e avisa que não é “desejável” ter o país a viver em duodécimos.
Na semana em que se debate o estado da Nação, Paulo Núncio apela à “responsabilidade” e à “maturidade” das oposições e desafia o PS a aprovar o pedido de autorização legislativa para a redução do IRC. Quanto às negociações sobre o OE, o líder da bancada centrista diz que “falta muito tempo” e só deverão acontecer “depois” de ser apresentada a proposta.