18 jul, 2024 - 17:30 • Filipa Ribeiro
O secretário-geral do PCP rejeita dizer se vai votar contra, mas recorda que o partido está contra as políticas do governo da AD. Na Assembleia da República, na véspera do início das negociações com o primeiro-ministro sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano, o secretário-geral do PCP diz não ter "expetativas" de que o Orçamento do Estado apresentado seja fora daquilo que é o programa do Governo — e, se assim for, se se alinhar com o programa do executivo, "contará com oposição e rejeição" do PCP.
Paulo Raimundo recorda que o partido apresentou uma moção de rejeição ao programa do Governo. Apesar disso, o secretário-geral do PCP diz que vai levar propostas para a reunião com Luís Montenegro como a valorização das carreiras dos médicos e enfermeiros, os lucros da banca a suportar as taxas de juro e o aumento de salários e pensões.
Relativamente às pensões , o PCP defende um aumento extraordinário das pensões, no mínimo de 70 euros "para todos". Uma medida que, de acordo com Paulo Raimundo, custa "1.600 milhões de euros, curiosamente o mesmo valor que custa ao Orçamento do Estado os benefícios fiscais para grandes empresas".
O PCP é recebido esta sexta-feira pelo Governo, naquele que é o primeiro dia de negociações sobre a proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano.