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Caso das gémeas

"Só tomei conhecimento deste caso pelas notícias", diz ex-chefe de gabinete de Costa

25 jul, 2024 - 16:09 • Filipa Ribeiro , Diogo Camilo

Na comissão de inquérito, Francisco André afirma que nunca teve contacto com os pais das gémeas ou o filho de Marcelo Rebelo de Sousa. E diz que ofício encaminhado para o Ministério da Saúde nem foi assinado por si.

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Peça Filipa Comissão das Gémeas - Francisco André
Francisco André, ex-chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro, António Costa, na Comissão Parlamentar de Inquérito. Foto: António Pedro Santos/Lusa

O antigo chefe de gabinete de António Costa garante que o caso das gémeas recebeu o mesmo tratamento que todos os outros e que só tomou conhecimento do caso quando o mesmo foi divulgado nas notícias.

Em audição parlamentar, Francisco André, que foi chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro entre 2018 e 2020, indicou que nunca foi contactado pelos pais das crianças nem pelo filho de Marcelo Rebelo de Sousa.

“Em nenhum momento tive contacto com o Dr. Nuno Rebelo de Sousa. Só tomei conhecimento deste caso em novembro de 2023, quando saiu nas notícias e foi tornado público. Como não tive conhecimento, não pude dar conhecimento dele a ninguém, nem ao primeiro-ministro, nem a nenhuma entidade”, afirmou.

O ex-membro do Governo indicou que a primeira informação recebida pela Casa Civil foi encaminhada para o Ministério da Saúde num ofício de 5 de novembro de 2019, num procedimento "habitual", e que o mesmo documento nem foi assinado por si, por não estar a trabalhar na altura. A mesma omitia que o email original seria de Nuno Rebelo de Sousa.

“Não houve nenhuma diligência específica sobre o caso. Se tivesse acontecido alguma chamada de atenção ou algo de anormal, com certeza que seria a primeira pessoa a saber”, referiu, indicando que o processo seguiu os “trâmites normais” e que encaminhou o email para o Ministério da Saúde por ser um procedimento normal.

Esta quinta-feira, em reunião de mesa e coordenadores, os grupos parlamentares agendaram para 27 de setembro a audição à ex-ministra da Saúde, Marta Temido, enquanto a data limite para enviar perguntas para António Costa responder foi definida em 6 de setembro, a partir da qual o ex-primeiro-ministro terá 10 dias para responder por escrito.

No início da sessão foi aprovado um pedido de documentação solicitado pela Iniciativa Liberal, para acesso a documentos relacionados com pedidos de marcação de consultas médicas recebidos na Presidência da República e dos pedidos feitos para a Presidência da República pelo filho de Marcelo Rebelo de Sousa.

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