Sebastião Bugalho foi impedido de entrar na Venezuela. A delegação do Partido Popular Europeu (PPE), que ia observar as eleições presidenciais de domingo na Venezuela, foi esta sexta-feira impedida de entrar no país pelas autoridades.
A delegação do PPE foi colocada no primeiro voo para Madrid, segundo a informação adiantada à Renascença por fonte do gabinete do eurodeputado português do PSD.
Segundo o jornal espanhol "El Mundo", a delegação inclui ainda Esteban González Pons, terceiro vice-presidente do Parlamento Europeu, o eurodeputado espanhol, Juan Salafranca, eleito pelo Partido Popular (PP), e seis outros políticos espanhóis.
Na rede social X, Alberto Nunes Feijó, o líder do Partido Popular Espanhol, escreveu que a delegação do PPE estava retida no aeroporto de Caracas pelo regime de Maduro. Feijó exigiu a libertação imediata e pediu ao governo espanhol para tomar medidas.
A presidência do PPE decidiu enviar uma delegação eleitoral de acompanhamento das presidenciais em resposta a um convite da líder da oposição, Maria Corina Machado, e do candidato da oposição à Presidência, Edmundo Gonzalez Urrutia.
Segundo informação do PPE, Maria Corina Machado insiste, no convite que envia ao Partido Popular Europeu, na “extrema importância da presença de uma delegação do Grupo PPE, tendo em conta o desafio histórico que essas eleições representam para a democracia na América Latina”.
"Acreditamos que é importante que os aliados da causa democrática na Venezuela possam acompanhar-nos e testemunhar esse evento. Suas vozes não representam apenas uma reafirmação de seu apoio e solidariedade, mas também a oportunidade de expressar ao mundo o que acontecerá durante o processo", diz a carta da líder da oposição na Venezuela, divulgada no site do PPE.
A decisão do Partido Popular Europeu de enviar esta delegação à Venezuela foi tomada depois do presidente Nicolas Maduro ter decidido rejeitar a missão oficial da União Europeia de observação eleitoral ao país.