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Educação

Governo anuncia concurso extraordinário de vinculação e subsídio para professores deslocados

22 ago, 2024 - 15:23 • Ricardo Vieira , Pedro Mesquita

Medidas aprovadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Novo concurso e subsídio têm como objetivo colocar mais professores em escolas com falta de docentes.

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O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou esta quinta-feira duas novas medidas para o setor da Educação: um concurso extraordinário de vinculação de professores e um subsídio para docentes deslocados em escolas com carências, no valor de entre 70 e 300 euros.

O Conselho de Ministros aprovou as duas novas medidas - que ainda vão ser sujeitas a negociação com os sindicatos - e outras anteriormente anunciadas pelo ministro da Educação.

O concurso extraordinário de vinculação de professores destina-se a disciplinas e escolas onde há maior falta de docentes, detalhou o ministro da Presidência.

"A segunda medida é a criação de um subsídio à deslocação para estas escolas com carências. Vai ser atribuído a quem estiver a mais de 70 quilómetros entre a escola e o subsídio fiscal. O valor varia entre 70 e e 300 euros em função da distância", adiantou Leitão Amaro.

O objetivo é combater o problema dos alunos sem aulas devido à falta de professores. "Acrescentamos duas novas medidas indispensáveis para o problema que já era sério e, hoje, com a informação que temos, sabemos que é grave", afirmou António Leitão Amaro, em conferência de imprensa.

O ministro fala numa "situação difícil" de falta de professores no país e numa "falha estrutural" que vai demorar tempo a resolver.

"O Governo declarou desde o princípio que uma das principais prioridades é combater a falta de aulas, é um grande gerador de desigualdades, de perda de aprendizagens de prejudicar o percurso dos nossos alunos", sublinhou.

Além das medidas na área da educação, o Conselho de Ministros deu luz verde ao suplemento para as forças de segurança e o suplemento extraordinária para reformados com pensões mais baixas.

E um "apoio à estadia dos nossos professores”?

São medidas “positivas”, mas é preciso mais para resolver o problema da falta de professores, diz à Renascença o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.

Filinto Lima diz que é preciso um apoio à estadia dos docentes, caso contrário o "problema fica mal resolvido".

“São medidas positivas. Eu só lamento é que destas medidas não sobressaia outra, que é o apoio a estadia dos nossos professores”, reivindica.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Pública recorda que há professores “a centenas de quilómetros de casa e que estão a pagar duas rendas: a renda da casa que deixaram, onde viviam, e a renda da casa em que vão habitar durante um ano”.

Sem um apoio à estadia dos professores, o problema não é possível resolver o problema, sublinha.

“Sem isso o problema fica mal resolvido. Para resolver este problema da escassez de professores, é necessário apoiar os professores na deslocação, mas também na sua estadia e temos muitos professores do novo país que quererão seguramente ir para Lisboa e Vale do Tejo e para o Algarve, e que não irão porque não tem este tipo de apoio”, conclui.

[notícia atualizada às 21h17]

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  • Anastácio Lopes
    23 ago, 2024 Lisboa 10:04
    È uma vergonha nacional o Governo apenas e só tomar estas iniciativas quando precisa dos trabalhadores quando lhes andou a queimar as carreiras profissionais durante décadas. Onde estão as ética, honestidade intelectual, moralidade formação humana e respeito pela Declaração Universal dos Direitos Humanos que mais uma vez o Governo desrespeita ainda hoje, 23/8/2024? Se acrescentarmos estas vergonha nacionais a outras que o mesmo Governo impõe, inclusive a trabalhadores DEFICIENTES, que são os tristes exemplos dos que terminaram a sua licenciatura e continuam a ver as suas carreiras queimadas pelo mesmo Governo, por os continuar a impedir de evoluírem profissionalmente, impedindo-os de ingressar na carreira de Técnico Superior, como qualificar os atos de um Governo que todas estas vergonhas impõe aos funcionários e em particular aos DEFICIENTES, que tendo feito o sacrifífio de terminarem o seu curso superior, são assim, ilegalmente impedidos de ingressarem na carreira de Técnico Superior ainda hoje, 23/8/2024, apenas e só porque o Governo os impede diariamente de fazerem tal ingresso, porque nunca lhes deu uma oportunidade para verem o seu sacrifício e investimento reconhecido pelo mesmo Governo, para o qual, é bem melhor ser-se analfabeto e ignorante para ter direito aos subsídios do que o Estado respeitar trabalhadores DEFICIENTES e outros que se licenciaram para se realizarem profissionalmente e estão há décadas a serem impedidos de ingressarem na carreira de Téc. Superior.

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