26 ago, 2024 - 15:58 • Tomás Anjinho Chagas
Élvio Sousa, secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP) - terceira força política na Madeira - admite que o partido pode vir a apresentar uma moção de censura ao governo de Miguel Albuquerque caso não fique satisfeito com as explicações do presidente do executivo madeirense sobre os incêndios que devastaram a ilha durante o mês de agosto.
Em declarações à Renascença, Élvio Sousa esclarece que, primeiro, quer ouvir Miguel Albuquerque e Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e da Proteção Civil, no parlamento regional, mas assume que não descarta um ultimato.
"Depois disso, fazemos uma reunião com a comissão política e vamos avaliar essa possibilidade", revela o líder do JPP.
Este domingo, em declarações aos jornalistas, Miguel Albuquerque assumiu que pode haver uma nova crise política na Madeira na sequência dos incêndios, uma vez que lidera um governo regional minoritário. Só no último ano, a Madeira foi a eleições duas vezes.
Élvio Sousa diz que o JPP é uma "força moderada" que "não pede a cabeça a ninguém a torto e a direito", para colocar freios na possibilidade de um novo abanão na política madeirense, mas não o afasta totalmente.
O requerimento teve os votos favoráveis do propone(...)
Sem poupar o atual líder do governo regional, Élvio Sousa acusa Miguel Albuquerque de ser uma "cópia defeituosa" de Alberto João Jardim, que governou a região autónoma durante quase quatro décadas, pela forma como lidou com a crise.
"Aquilo que ele diz não é para levar a sério, já perdeu a credibilidade. A postura que ele teve na governança acabou por ser uma cópia defeituosa dos 40 anos de Alberto João Jardim, e toda a cópia é pior que o original", desfere Élvio Sousa.
O líder do JPP acusa Miguel Albuquerque e Pedro Ramos de terem adotado uma "postura arrogante e prepotente" e de não terem feito a análise inicial correta da gravidade do incêndio.
Élvio Sousa volta a criticar a forma como o líder do governo regional voltou a ir de férias "com a Madeira ainda a arder" e classifica o gesto como "inqualificável".
Questionado sobre críticas feitas também por eleme(...)