04 set, 2024 - 13:54 • Susana Madureira Martins
1, 2, 3, 4. Foram as vezes que o ministro da Educação, Ciência e Inovação ouviu a mesma pergunta dos jornalistas, colocada de diversas maneiras: Vai ou não o Governo descongelar as propinas? A todas elas, Fernando Alexandre respondeu ou com silêncio ou apenas com a garantia de que “o Orçamento está a ser preparado”.
À margem de uma cerimónia de assinatura de protocolos com diversas instituições para apoiar alojamento a preço acessível a estudantes do Ensino Superior, que decorreu esta quarta-feira no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, Fernando Alexandre fugiu sempre à questão das propinas, uma notícia avançada no domingo pela RTP.
“Não vou falar de Orçamento”, foi respondendo o ministro à insistência dos jornalistas, que foram questionando se isso queria dizer que a medida de descongelamento das propinas está em preparação ou é sequer uma hipótese em cima da mesa.
Sempre em andamento e percorrendo um túnel do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, o ministro chegou a enganar-se no caminho para evitar os jornalistas, andou para trás e para a frente, sendo ainda questionado sobre quantos alunos é que não irão ter professor na abertura do ano letivo. Mais uma vez, Fernando Alexandre respondeu que o Governo está a “preparar o Orçamento e o ano letivo”.
A isto, o ministro acrescentou que o executivo da AD está “a trabalhar para um ano letivo o mais normal possível”, repetindo: “Estamos a trabalhar”.
Já esta quarta-feira, o primeiro-ministro admitiu que, “infelizmente”, o Governo não está “em condições de poder dizer que, de repente, de um mês para o outro vai haver professores em todas as escolas a todas as disciplinas e não vai haver alunos a serem prejudicados por não terem professores a uma ou mais disciplinas, não temos condições”.
Luís Montenegro falava esta quarta-feira com o ministro da Educação, Fernando Alexandre, sentado à frente na plateia do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, mas sem quantificar quantos professores é que estão em falta e quantos alunos serão prejudicados pela ausência de docentes. O ano letivo arranca oficialmente a 12 de setembro.