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Demitir diretor das prisões "era a decisão mais fácil" da ministra

10 set, 2024 - 17:34 • Lusa

Sindicato Nacional do Corpo dos Guardas Prisionais (SNCGP) espera que a ministra tenha a "coragem de mudar o sistema".

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O Sindicato Nacional do Corpo dos Guardas Prisionais (SNCGP) considerou esta terça-feira que aceitar a demissão do diretor-geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) "era a decisão mais fácil" para a ministra da Justiça.

"Era a decisão mais fácil da senhora ministra, espero que venha à conferência com coragem de mudar o sistema", disse à Lusa o presidente do sindicato Frederico de Morais.

Rui Abrunhosa Gonçalves apresentou esta terça-feira a demissão do cargo, que foi aceite pela ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, disse à Lusa fonte do Governo.

A demissão do diretor-geral dos serviços prisionais surge na sequência da fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus no sábado e horas antes da primeira intervenção pública de Rita Alarcão Júdice sobre este caso, numa conferência de imprensa no Ministério da Justiça, em Lisboa.

Rui Abrunhosa Gonçalves estava à frente da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) desde agosto de 2022.

A saída da DGRSP ocorre na sequência da fuga de cinco reclusos, no sábado, do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa.

A fuga foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09h56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.

Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.

Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

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