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Ex-ministra da Habitação critica fim das medidas penalizadoras do alojamento local

15 set, 2024 - 16:51 • Lusa

A atual deputada do PS fala num "retrocesso" no objetivo de aumentar a oferta habitacional em Portugal, afirmando que o Governo revogou "medidas que estavam a ter algum efeito no mercado, sem qualquer estudo, sem qualquer avaliação".

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A ex-ministra da Habitação Marina Gonçalves criticou este domingo o fim das limitações ao uso da habitação para fins turísticos, acusando o Governo de estar a tomar medidas sem qualquer estudo, apenas por "uma posição ideológica".

"Aquilo a que assistimos é uma posição puramente ideológica na tomada de decisões, sem dados objetivos", disse a ex-ministra de António Costa, referindo-se à decisão do Governo PSD de acabar com as "medidas penalizadoras" do alojamento local, que tinham sido impostas pelo anterior Governo.

Marina Gonçalves falava durante uma conversa sobre "A cidade ao serviço de todos", na "rentrée" política do Livre, em Aveiro.

A atual deputada do PS fala num "retrocesso" no objetivo de aumentar a oferta habitacional em Portugal, afirmando que o Governo revogou "medidas que estavam a ter algum efeito no mercado, sem qualquer estudo, sem qualquer avaliação".

Marina Gonçalves considera que o país está em "completo contrassenso" com o que "está a ser feito na Europa", antevendo que esta decisão pode vir a ter impacto no aumento do custo da habitação e da redução da oferta.

A ex-ministra disse ainda que não está em causa "a destruição do investimento, do desenvolvimento económico, de atividades turísticas", em detrimento da habitação, afirmando que é preciso encontrar um equilíbrio entre estas duas necessidades.

"Parece que estamos a invadir a esfera da propriedade privada e da liberdade de cada um, do seu negócio, mas não é isto que está em cima da mesa. É uma discussão sobre qual o bem fundamental que estamos a proteger", observou.

No médio e longo prazo, a deputada socialista disse esperar que se concretizem as medidas que o executivo de Luís Montenegro tem anunciado, adiantando que as parcerias com privados "não vão ser a solução em si".

O diploma que revogou a contribuição extraordinária sobre o alojamento local e a fixação do coeficiente de vetustez destes imóveis, e introduz medidas em sede de IRS para facilitar a mobilidade geográfica, entrou em vigor na semana passada, produzindo efeitos a 31 de dezembro de 2023.

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  • Anastácio Lopes
    16 set, 2024 Lisboa 09:10
    Este é o comportamento de políticos a quem nada falta, e completamente insensíveis para com o sofrimento dos que procuram uma habitação digna desse nome para sobreviverem, coo são os casos de estudantes, sem abrigo e os que sobrevivem em bairros como os da Serafina, Quinta do Ferro e Bairro da Liberdade, com supostas habitações que nem àgua potável têm, e para com os quais nem se lê uma palavra que seja desta política e do partido que a suportou para nada ter feito enquanto foi ministra para não ser, como sempre o foi, cúmplice das desgraças do povo a quem sabe pedir o voto, quando dele necessitou, mas uma vez no poleiro, esteve apenas e só preocupada com o negócio do alojamento local e nunca em tomar medidas de recuperação das habitações em falta no país há décadas. Mais uma vez se prova que aqui temos mais uma sem vergonha, sem brio profissional e sem responsabilidade alguma para ter ocupado o cargo que ocupou, pois como estamos a presenciar, nunca teve sensibilidade alguma para com o sofrimento de quem procura uma habitação digna desse nome a preços acessíveis, habitações estas que como não entram no negócio que sempre foi o alojamneto local, nem merece por isso preocupação alguma, mal empregado povo que tem gente desta nos partidos que nunca nada souberam fazer como este vergonhoso exemplo disso nos faz prova ontem, hoje e amanhã.
  • Jorge
    16 set, 2024 Santos 01:24
    Essa ex ministra é uma vergonha ao pôr em causa o princípio constitucional da propriedade privada. Segue uma política demagógica típica da advogada que é. Os socialistas preferem distribuir o que não produzem nem nunca virão a produzir. Outra brilhante invenção socialista foi o SNS cujo pai não tinha nada a ver com medicina não passava doutro jurista. Os socialistas nada produzem, mas adoram mandar em médicos, engenheiros... Mas não passam duns inúteis....

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