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​BE acusa Governo de “cumplicidade” no “genocídio” em Gaza

20 set, 2024 - 01:48 • Manuela Pires , com redação

"Portugal pode estar em incumprimento da lei internacional" no caso do navio com explosivos para Israel, afirma Maria Mortágua.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, acusa o Governo de ser “cúmplice” de Israel no “genocídio” na Faixa de Gaza.

Mariana Mortágua reage, assim, à entrevista do ministro dos Negócios Estrangeiros ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do jornal Público, onde Paulo Rangel assume que o navio de bandeira portuguesa transporta explosivos para Israel.

“Portugal assume que é um Estado e uma nação que respeita os direitos humanos e a lei internacional, e que não permite o carregamento de armas para um genocídio, mas é uma questão legal. Portugal pode estar em incumprimento da lei internacional, ao permitir esta cumplicidade com o genocídio, porque há armas que estão a ser carregadas para servir bombardeamentos em Israel”, acusa a líder bloquista.

Mariana Mortágua fala ainda de um Governo hipócrita e “covarde”, por não atuar em relação a este navio com bandeira portuguesa.

O Bloco de Esquerda pediu a vinda do ministro dos Negócios Estrangeiros ao Parlamento para dar novas explicações sobre o caso. A audição foi marcada para outubro.

Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do jornal Público, divulgado esta quinta-feira, Paulo Rangel revela que o navio com pavilhão português que transporta material explosivo tem como destino final dois países do Adriático e que será depois encaminhado para três fábricas de armamento. Uma na Polónia, outra na Eslováquia e uma terceira em Israel.

O ministro garante que o Governo “não está parado” e tem pedido explicações ao armador do navio. O chefe da diplomacia portuguesa irá ao Parlamento, no dia 15 de outubro, explicar este tema, a pedido do PCP e do Bloco de Esquerda, e garante, desde já, que “não há nenhuma razão jurídica efetiva, à data, para retirar o pavilhão”.

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