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Conselho de Ministros

Apoios para reconstruir casas e subsídios a agricultores. As medidas do Governo aos afetados pelos incêndios

26 set, 2024 - 16:32 • Diogo Camilo , Manuela Pires

Conselho de Ministros anunciou o financiamento a 100% para a reconstrução e reabilitação de casas até 150 mil euros e 85% para o excedente de casas com danos acima dos 150 mil euros. Agricultores vão ter subsídio especial até aos 6 mil euros para compensar prejuízos.

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QUI MANE PIRES 23H  apoios incendios
Foto: Paulo Novais/Lusa

O Governo anunciou que irá apoiar a 100% a reconstrução ou reabilitação de casas de primeira habitação danificadas pelos fogos da última semana, com valores até aos 150 mil euros, e de 85% para o excedente de casas com danos acima dos 150 mil euros.

Em briefing do Conselho de Ministros, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, anunciou que a reconstrução fica a cargo do proprietário ou do município, com o governante a avançar que na próxima semana estarão concluídos 90% dos levantamentos de danos dos incêndios.

Sobre o custo das medidas, Castro Almeida anunciou um adiantamento de 100 milhões de euros pelo Ministério das Finanças até ao final do ano, antecipando os 500 milhões de apoios de fundos europeus que “vão demorar algum tempo” a chegar.

Além do apoio na reconstrução ou reabilitação de casas, o Governo irá criar ainda um subsídio especial para a compensação de prejuízos na agricultura, até aos 6 mil euros, apoios às famílias em situação de carência, anunciando também um regime de isenção de contribuições à Segurança Social, um mecanismo simplificado de lay-off para apoiar empresas em crise e o alargamento do prazo de cumprimento de obrigações fiscais.

Descrevendo uma resposta "rápida e sem precedentes" aos incêndios da última semana, o Governo anunciou ainda a criação de ações de formação profissional para desempregados, o reforço de técnicos de ação social para dar resposta aos lesados e apoios a IPSS.

Sobre a operacionalização das medidas, o ministro indicou que caberá aos municípios e às Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e do Centro o levantamento e avaliação de danos, com as CCDR's a ficarem responsáveis pelos pagamentos.

Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

[notícia atualizada às 16h55 com mais informação do Conselho de Ministros]

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  • EU
    26 set, 2024 PORTUGAL 17:23
    Uma vez que as Autarquias ( Câmaras Municipais) e as CCDRs se vão JUNTAR para avaliarem e fazerem o LEVANTAMENTO, acho bem que DISCUTAM o que deve também ser FEITO. E deve ser discutido como devem as Câmaras Municipais elaborarem os PDMs, pois as CONDICIONANTES que hoje imperam já não são ADMISSÍVEIS. Vimos a OLHO NU como os PDMs são ANTIDEMOCRATAS e talvez até INCONSTITUCIONAIS. Vimos como ELES autorizam a CONSTRUÇÃO de habitações em propriedade horizontal em terrenos FÉRTEIS para a agricultura e PROÍBEM a construção de APOIOS AGRÍCOLAS. O Governo vai, e bem, auxiliar a reconstrução de habitações, as quais DEVEM ter sido AUTORIZADAS junto a zonas de RISCO e no outro lado, esses apoios agrícolas têm TODAS as condições necessárias para a construção. Já agora aproveito para dizer que estou a ver a DERRUCADA de muro e inundações de GARAGENS e ouço que é o MAU TEMPO o culpado por essas ocorrências. Pergunto, será o MAU tempo ou a MÁ MANUTENÇÃO das condutas de ESCOAMENTO? Como AUTORIZAM entradas para GARAGENS com uma inclinação, negativa, superior a TRÊS METROS ou MAIS? São MUITAS as anomalias ou os MAUS licenciamentos que devem TAMBÉM ser avaliados e DISCUTIDOS, para que a partir de agora as DECISÕES sejam JUSTAS e DEMOCRÁTICAS. Digo, há LOTES de 400 m2 a serem VENDIDOS a CEM MIL€ e em ÁREAS superiores a 5000m2 é PROIBIDA a construção de APOIS AGRÍCOLAS até 50m2. Isto não é DEMOCRACIA, nem é JUSTIÇA MUNICIPAL.

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