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Silva Peneda. Chumbo do Orçamento "seria um erro enorme"

27 set, 2024 - 10:38 • André Rodrigues

Antigo ministro e ex-presidente do Conselho Económico e Social defende que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos estão condenados a entender-se. Se o Orçamento chumbar, "a culpa vai ser dos dois... eles estão condenados a entender-se".

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Seria um erro enorme não haver Orçamento”, defende na Renascença José Silva Peneda, antigo ministro e ex-presidente do Conselho Económico e Social.

A poucas horas da reunião entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, que pode ser decisiva para o futuro do Orçamento do Estado para 2025, Silva Peneda desvaloriza “todas as retóricas e trocas de acusações, que fazem parte da encenação” e admite que ambos os líderes “têm a noção de que este não é o momento para eleições”.

No entanto, equacionando um hipotético cenário de chumbo do Orçamento, “que não pensem, nem um, nem outro que, se não houver acordo, a culpa vai ser de um ou do outro. Não. A culpa vai ser dos dois. Portanto, eles estão condenados a entender-se”.

“Tem é de haver um ganho visível, sobretudo para Pedro Nuno Santos, para que ele possa dizer que conseguiu alterar alguma coisa no Orçamento, graças à sua ação”, sublinha.

Se o Orçamento passar, o país evita novas eleições e Silva Peneda acredita que esse cenário prolonga a liderança de Pedro Nuno Santos no PS: “uma rejeição iria fragilizá-lo, porque levava para eleições e o passado mostra que quem provoca eleições e uma crise que, aos olhos da opinião pública, é artificial, acaba por ser penalizado”.

Além disso, acrescenta, “no PS há divergências internas, porque há muita gente que entende que o Orçamento não deve ser aprovado, não estão a pensar nas consequências. Ou então, estão a pensar numa consequência, que é esperar que Pedro Nuno Santos caia, para ficar outra pessoa no lugar dele”.

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