03 out, 2024 - 18:13 • Filipa Ribeiro
A minutos de se iniciar uma nova reunião negocial sobre o Orçamento do Estado entre o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos confessa ter ficado "impressionado" com a forma como correu o debate quinzenal. O líder do PS considera "inaceitável" a forma como falou Luís Montenegro, acusando-o de "sobranceria e arrogância com o PS".
Além disso, Pedro Nuno Santos considerou que a postura de Montenegro é "inaceitável vindo de alguém que quer um entendimento com o PS".
O secretário-geral dos socialistas argumentou que se o "primeiro-ministro quer um entendimento com o PS, tem de respeitar o PS, e devia ter feito um debate com outro tom".
Pedro Nuno Santos falava no final do debate quinzenal desta quinta-feira, antes de se dirigir para a residência oficial do primeiro-ministro para uma nova reunião sobre o Orçamento do Estado para 2025. Recorde-se que o chefe do Governo e o líder do PS entraram em confronto no debate.
Aos jornalistas, o secretário-geral do PS defendeu que o Governo sempre teve duas opções para viabilizar o Orçamento e que, "se não houver entendimento, a responsabilidade é do Governo".
Pedro Nuno Santos recorreu aos tempos da geringonça para referir que quando o PS estava no Governo, sempre foram respeitados os restantes participantes na coligação de esquerda e sublinhou que o PS luta pelo país "exigindo respeito pelos portugueses e pelo PS".
Sem luz ao fundo do túnel para um entendimento, e com o Governo a abanar a bandeira de uma "proposta irrecusável", Pedro Nuno Santos afirma que "só não haverá Orçamento do Estado se o primeiro-ministro não quiser".
"O PS não quer eleições", garantiu.