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Jornadas PCP

PCP afirma que Orçamento do Estado “não serve o país e não tem solução”

14 out, 2024 - 10:07 • Filipa Ribeiro

O Partido Comunista vai estar dois dias reunido nas jornadas parlamentares para debater e analisar a proposta de Orçamento do Estado entregue pelo Governo. A líder parlamentar critica a proposta que diz ter sido desejada "por grandes grupos económicos.

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Com parte da proposta de Orçamento do Estado (OE) já folheada, o Partido Comunista Português vai analisar e debater o documento esta segunda e terça feira nas Jornadas Parlamentares do partido na Assembleia da República.

Uma coisa é certa, o PCP vai para as jornadas parlamentares já com o voto contra definido sobre a proposta do Governo. Em declarações à Renascença, a líder parlamentar diz que o documento entregue "não serve o país" e que "é um mau Orçamento do Estado". Paula Santos considera que apenas um grupo está contente com a proposta que acredita ter sido desejada "pelos grupos económicos" considerando, por isso, que o OE apresentado pelo Governo "não tem solução".

A líder parlamentar do PCP confirma que o partido não acompanha o documento, considerando que é "mais uma peça da estratégia do governo de favorecimento dos grupos económicos". A líder parlamentar recorda que o partido já tinha rejeitado o programa do Governo da AD apresentando uma moção de rejeição na Assembleia da República.

O encontro parlamentar dos comunistas tem como mote: "O Orçamento do Estado e as soluções de que o País precisa”. À Renascença, a deputada Paula Santos defende que da proposta do Governo "não vêm as respostas que são necessárias para o pais" realçando que se trata de um documento que "se centra sobretudo nos benefícios para grupos económicos" com uma "ausência de repostas e medidas necessárias" para o país.

Paula Santos considera que problemas relacionados com salários, saúde, educação e habitação "não encontram resposta neste orçamento".

Já esta segunda feira, no primeiro dia das Jornadas Parlamentares, o documento entregue na semana passada pelo executivo de Luís Montenegro vai ser discutido e debatido num painel composto por vários economistas que de acordo com a líder parlamentar do PCP se vão focar "nas questões necessárias para desenvolvimento económico e social do país".

O setor ferroviário vai ser outro dos pontos em debate nas Jornadas Parlamentares do PCP. O partido tem prevista uma visita às oficinas da CP em Campolide. Paula Santos considera que o investimento na ferrovia está a ser "absolutamente estratégico" sem olhar para as necessidades. A deputada do PCP dá nota de "que faltam comboios, que foram encerrados linhas e serviços importantes para a população" e lembra ainda que "faltam trabalhadores".

Paula Santos diz que durante os dois dias devem ser ainda abordados pontos sobre o "investimento para o desenvolvimento de questões relacionadas com a administração pública".

Com as Jornadas Parlamentares a decorrer poucos dias depois de se conhecer a proposta de Orçamento do Estado para 2025, o PCP espera apresentar propostas para uma "política alternativa" com propostas "que dão resposta aos problemas concretos dos salários das pensões na saúde, da habitação, da educação e transportes".

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  • Anastácio Lopes
    14 out, 2024 Lisboa 09:34
    E muito fácil afirmar-se que o OE não serve o país nem tem solução como o está fazendo o PCP. Será com os aumentos na base da percentagem como o PCO e os seus sindicatos propõem, empurrando trabalhadores e pensionistas para as pobreza e miséria que o mesmo OE serviria o país? Será mantendo como mantém a desonestidade intelectual, injustiça e imoralidade de não devolverem a quem trabalha o que sempre foi de quem trabalha na íntegra como os Subsídios de Férias e de Natal, deixando de fazer incidir sobre os mesmos os impostos que ainda hoje incidem como a CGA, ADSE e IRS, que o mesmo OE serve o povo e o país e sobre os quais não se viu nem ouviu uma única proposta do mesmo PCP em doze anos? Será ainda mantendo os homicídios profissionais de trabalhadores DEFICIENTES e LICENCIADOS, a serem impedidos de ingressarem na carreira de Técnico Superior como se verifica há décadas, será assim que se defende e protege as camadas mais vulneráveis da sociedade como os DEFICIENTES sempre o foram, sem que este PCP nada tenha feito para não ser como é e sempre foi cúmplice dos mesmos, apesar de afirmar defender quem trabalha? Aqui têm um flagrante exemplo do que há muito não deveriam permitir mas que continuam a permitir. Quando um partido político é cúmplice destas vergonhas nacionais há décadas que moral tem para vir exigir dos outros o que nunca assumiu? Mal dos trabalhadores DEFICIENTES que fizeram o sacrifício de concluíres o seu curso superior para que num país que diz ser Pessoa de Bem

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