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Comunicação social. Primeira proposta do Governo aprovada na generalidade

18 out, 2024 - 15:15 • Lusa

Proposta pretende apoiar a imprensa local e regional e assegurar maior transparência às decisões municipais.

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O parlamento aprovou esta sexta-feira na generalidade uma proposta do Governo que pretende apoiar a imprensa local e regional e também assegurar maior transparência às decisões municipais, incluída no Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado há uma semana.

Segundo o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, esta é a primeira medida "tendo em conta a política pública de comunicação social que o Governo apresentou com o seu Plano" de Ação para a Comunicação Social.

"Obviamente que aquilo que nos move é a transparência e a publicidade das deliberações dos órgãos das autarquias locais. Aquilo que nos move é também a clarificação de uma norma que foi feita com a melhor das intenções. Esta norma está em vigor desde 2013, mas na verdade, em bom rigor, já constava de leis anteriores", justificou Carlos Abreu Amorim, que tutela a comunicação social.

Segundo o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, o Governo pretende simplificar a obrigação de publicação nos meios de comunicação regionais e locais (impressos ou digitais) de todas as deliberações das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, prevista no atual Regime Jurídico das Autarquias Locais (RJAL), mas que nunca foi regulamentada e por isso nunca foi aplicada, porque "o nível de complexidade desta exigência legal é claramente desproporcionado face ao que se considera razoável".

A proposta pretende alterar o RJAL estabelecendo o que é obrigatório a autarquia comunicar aos cidadãos, os valores a pagar pela publicidade e a lista dos meios de comunicação regionais e locais.

O governante destacou ainda que a proposta pretende "a transparência e publicidade das decisões, sem colocar em causa a margem decisória dos órgãos das autarquias locais", uma vez que muitas autarquias, "em virtude da sua dimensão, gastam elevadas quantias com a publicação das suas deliberações". .

"Esta revisão visa reforçar a autonomia local e promover uma gestão mais eficiente e adaptada às realidades de cada território, com o objetivo de aproximar ainda mais o poder local dos cidadãos", defendeu Hernâni Dias.

A proposta de lei do Governo prevê "o uso de meios tecnológicos mais atuais para a publicação das deliberações, como a remissão para endereços de internet e uso de códigos de resposta rápida (QR codes)", disse Hernâni Dias, salientando que "as atuais dimensões geográficas impedem que a publicação por edital" seja suficiente hoje "para a plena divulgação" das decisões autárquicas.

O diploma pretende ainda "contribuir para a coesão territorial e desenvolvimento local através de incentivos à imprensa local e regional", além de "garantir a existência de transparência nas deliberações efetuadas e, ao mesmo tempo, assegurar a racionalidade e economia dos meios das autarquias", sublinhou.

A proposta do Governo foi aprovada com a abstenção do Livre e do PS.

Também foi aprovado, com as abstenções do Chega e da Iniciativa Liberal, um projeto de resolução apresentado pelo Livre que recomenda ao Governo uma portaria para fixar, por uma questão de transparência, a tabela de custos para a publicação das decisões autárquicas nos órgãos de comunicação social locais e regionais.

Na defesa da sua proposta, a deputada Filipa Pinto, do Livre, salientou que o jornalismo de proximidade permite às populações um espaço de discussão de assuntos de seu interesse, "estimulando o escrutínio que é essencial para a manutenção da democracia", mas destacou que "a coesão territorial está hoje ameaçada por um deserto noticioso que se tem vindo a agravar" e que é preciso combater, citando números da Associação Portuguesa de Imprensa, segundo os quais houve um desaparecimento do jornalismo de proximidade em 25% dos municípios portugueses.

Tanto a proposta de lei do Governo como o projeto de resolução do Livre vão descer à Comissão do Poder Local para debate na especialidade.

O Plano de Ação para a Comunicação Social contém 30 medidas previstas pelo Governo "com vista a construir uma política pública para a comunicação social", estruturado nos eixos Regulação, Serviço público concessionado, Incentivos, e Combate à desinformação e literacia mediática.

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  • Anastácio Lopes
    18 out, 2024 Lisboa 14:37
    No que às decisões municipais, deixam uma total falta de transparência em muitas das suas decisões, como por exemplo nos critérios que usam na atribuição de casas municipais, por não haver ninguém que fiscalize as empresas municipais como a Gebalis, por exemplo que há muito que faz o que quer e não o que deveria legalmente fazer, brincando com os munícipes e com os seus legítimos direitos. No passado tínhamos a IGAL ( Inspeção Geral da Administração Local) a quem o cidadão podia apresentar as suas queixas, e talvez por isso, acabaram com tal instituição tendo atribuído essa responsabilidade à Inspeção Geral de Finanças que nem ás questões formalmente apresentadas pelos cidadãos responde, muito menos fiscaliza seja o que for. Será a estas formas fingidas de respeitar a lei, os cidadãos e os seus legítimos direito que o Governo chama de transparência senhor PM? Os Princípios da LEGALIDADE, RESPONSABILIDADE BOA FÉ, etc, será para serem letra morta para o seu Governo que fazem parte integrante do CPA senhor PM?

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