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OE2025

Governo e PS deixam em suspenso aumento extra de pensões. Excedente orçamental de 0,3% é a “baia”

29 out, 2024 - 16:15 • Susana Madureira Martins

Previsão do Conselho de Finanças Públicas de 0,6% de excedente orçamental não descansa Governo que, na véspera da discussão do Orçamento do Estado na generalidade, pede às oposições para terem em conta as previsões da proposta. PS “ainda” sem decisão sobre que alterações vai apresentar.

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O Governo mantém em suspenso se tem ou não margem orçamental para decidir sobre um aumento extraordinário das pensões em 2025, com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, a avisar os partidos da oposição que a “baia” do Governo é o excedente de 0,3% previsto na proposta de Orçamento do Estado (OE).

Nem mesmo a previsão mais favorável do Conselho de Finanças Públicas, que estima um excedente orçamental de 0,6% para este ano, diminui a cautela do Governo.

Leitão Amaro, na conferência de imprensa realizada a seguir ao Conselho de Ministros desta terça-feira, reconheceu que o Conselho de Finanças públicas é uma instituição “particularmente credível”, mas ressalva que o que é preciso “ter em conta é o cenário que consta do próprio OE”.

Deixando implícito o receio que o Governo tem sobre o que sobrará do OE no final da discussão na especialidade, o ministro da Presidência não esclarece se há ou não abertura para o próprio Governo ou a bancada da maioria (AD) apresentarem uma proposta de aumento suplementar de pensões.

Em resposta a essa questão, e à sombra da possibilidade de o PS ou as restantes oposições apresentarem uma proposta nesse sentido, Leitão Amaro avisa que é “com aquela margem calculada naqueles termos que nós esperamos que todos os partidos com assento parlamentar, se baseiem e respeitem”.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, tem atirado uma eventual decisão sobre o aumento extra de pensões para 2025 — e consoante a saúde das finanças públicas por alturas do verão. Preservar o equilíbrio orçamental e “aquele excedente ligeiro” é, para, já o mantra do Governo, “a baia que deve ser tida em consideração”. Isto numa altura em que o PS também se mantém em suspenso sobre o que quer fazer.

Questionado pela Renascença sobre se o PS vai ou não apresentar uma proposta de alteração ao OE de aumento extraordinário de pensões, um alto dirigente socialista deixa a possibilidade em aberto. “Ainda não decidimos o que vamos apresentar na especialidade”, assegura a mesma fonte.

A única certeza é que, sobre a redução do IRC, o PSD irá votar contra a proposta do Chega de uma diminuição de 2% — de resto, a proposta original do Governo. Tal como já tinha sido garantido à Renascença pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, também o ministro António Leitão Amaro voltou a referir o “compromisso” que existe com o PS para reduzir o imposto em 1% para recusar dar luz verde ao que for proposto pelo partido de André Ventura

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