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MURPI exige aumento extraordinário de 5% das reformas e pensões

03 nov, 2024 - 20:37 • Lusa

O debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 começa segunda-feira.

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A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) exigiu este domingo um aumento extraordinário das reformas e pensões de "5% para todos, num mínimo de 70 euros", no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

"Aprovada a proposta do Orçamento do Estado para 2025, na generalidade, importa proceder às correções necessárias com o objetivo de promover a justiça urgente àqueles que trabalharam e descontaram ao longo da sua vida, para que lhe seja garantido o direito a viverem o seu tempo de reforma com autonomia e dignidade", afirma o MURPI, em comunicado.

Tendo em conta que o "estipulado na Lei 53B/2006 é insuficiente para garantir aumentos justos que compensem a inflação e reponham o poder de compra dos reformados (...), exige-se um aumento extraordinário das reformas e pensões que faça face ao aumento constante do custo de vida, agravada pela incerteza da evolução da economia mundial", afirma a confederação.

Salientando que "o combate à pobreza deve ser um desígnio nacional, quando 472 mil reformados sobrevivem com menos de 591 euros, é justo o que o MURPI exige: 5% para todos, num mínimo de 70 euros".

O MURPI sublinha que "a pobreza e o empobrecimento dos reformados, pensionistas e idosos contrasta de forma vergonhosa com os lucros privados que não param de crescer", instando o Governo a aumentar "condignamente" as reformas e pensões. .

"Aumentem os salários dos nossos filhos e netos, aumentem o salário mínimo nacional, façam a cobrança das dívidas à segurança social, não alarguem os esquemas de redução da taxa social única e terão em 2025 o acréscimo de receitas para dar resposta à proposta de aumento do MURPI para o ano de 2025", conclui.

O debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 começa segunda-feira, discussão que terminará no dia 29, data da votação final global.

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  • Anastácio Lopes
    04 nov, 2024 Lisboa 09:36
    Sendo a MURPI uma espécie de sindicatos dos reformados, pergunta-se porquê só agora tal exigência e nunca ter feito semelhante exigência ao Governo anterior? Como se esta dualidade de critérios já não fosse só por si indicativo da politização da MURPI, pergunto diretamente aos que assim dizem dirigir a MURPI, se ser5á alguma vez com reivindicações de aumentos na base da percentagem que realmente defendem os reformados e aposentados, ou será que, a exemplo dos sindicatos, apenas e só estão a contribuir para termos cada vez mais e maiores reformados e pensionistas na pobreza e miséria? Será com tal exigência que algum dia contribuirão para tirar da pobreza e miséria, os reformados e pensionistas que já lá estão? Se querem realmente e não ficticiamente defender os reformados e pensionistas, provem-nos, pelo menos, reivindicar aumentos maiores para os que têm reformas e pensões menores e menores aumentos para os que têm maiores pensões e reformas, o que nunca fizeram até hoje, pois enquanto esta exigência não for feita pela MURPI, nunca a mesma defenderá reformado ou pensionista algum, pois antes pelo contrário, apenas e só contribuirá para empurrar para a pobreza e miséria um número cada vez maior de reformados e pensionistas, o que estes dispensam desde sempre e para isso nunca precisaram de MURPI alguma assim como os trabalhadores nunca precisaram de sindicatos que fazem semelhante exigência, sem olharem às consequências da mesma para aqueles e auqelas que alegam defender.

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