04 nov, 2024 - 16:21 • Filipa Ribeiro
A Iniciativa Liberal (IL) propôs uma descida da taxa de retenção na fonte no IRS para trabalhadores independentes de 25% para 20% e o fim da tributação autónoma.
O presidente do partido enumerou esta tarde, no parlamento, parte das medidas entregues pela IL para o debate na especialidade do Orçamento do Estado. As propostas já tinham sido apresentadas pelo partido antes da votação na generalidade. Rui Rocha recordou que seguem a linha do programam eleitoral do partido.
As primeiras propostas apresentadas estão focadas nos trabalhadores independentes. A Iniciativa Liberal propõe uma descida na taxa de retenção da fonte do IRS para trabalhadores independentes de 25% para 20% e o aumento do limiar da isenção de IVA e de contribuições para a Segurança Social quando se acumula trabalho independente e dependente para 25 mil euros. O partido sugere ainda o fim da tributação autónoma e que o pagamento por conta e a transparência fiscal "deixem de ser obrigatórios".
Sobre o IRS, o presidente da Iniciativa Liberal defendeu que no documento do Governo em discussão está prevista a possibilidade de "pessoas com rendimentos muito baixos” pagarem IRS, e que o partido propôs por isso “um mecanismo para eliminar essa possibilidade”.
Outra medida que tinha sido já defendida pela Iniciativa Liberal e que é agora entregue para a especialidade é a redução para 6% do IVA para a construção. Rui Rocha considera que é um passo para "trazer mais oferta de habitação para o mercado" sublinhando que "há projetos imobiliários que só são viáveis se o IVA da construção assar para 6%”.
Sobre o custo das medidas, Rui Rocha diz que é "praticamente neutro ou muito limitado".
Apesar de entregar propostas para debate na especialidade, o líder da Iniciativa Liberal reforça o voto contra do partido na proposta do Governo. Rui Rocha defende que "mesmo que aprovadas (as medidas da IL) não alteram a substância do Orçamento"."Não são medidas que cheguem para alterar o nosso sentido de voto", afirmou o presidente da IL.