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FAUL

Pedro Pinto de Jesus será candidato ao PS Lisboa e enfrenta (pelo menos) Prata Roque

07 nov, 2024 - 16:56 • Tomás Anjinho Chagas , Susana Madureira Martins

Atual vice-presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS vai assumir (novamente) o cargo temporariamente depois da demissão de Ricardo Leão e depois vai candidatar-se. Miguel Prata Roque, comentador e ex-secretário de Estado também vai ser candidato.

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Pedro Pinto de Jesus, atual presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS (FAUL) vai ser candidato quando houver novas eleições a este órgão, na sequência da demissão de Ricardo Leão.

A informação é revelada à Renascença por fonte da direção do PS de Lisboa. Pedro Pinto de Jesus tem o "consenso generalizado das concelhias" e deverá contar com os apoios de Duarte Cordeiro e Ricardo Leão. "Um homem consensual", assim o descreve quem conhece o aparelho socialista na capital.

Com a demissão de Ricardo Leão, esta quarta-feira, na sequência de declarações a defender o despejo de participantes nos mais recentes distúrbios na grande Lisboa e que morem em habitações municipais, Pedro de Jesus Pinto subiu de imediato de vice-presidente da distrital para a liderança da FAUL.


Um dirigente do PS de Lisboa diz à Renascença que Pedro de Jesus Pinto avança com o consenso "generalizado" das concelhias, sendo considerado um nome "consensual" no aparelho do PS de Lisboa. De perfil discreto, Pedro de Jesus Pinto foi presidente da Gebalis, neste momento é quadro da EPAL.

Homem de mão de Duarte Cordeiro e depois de Ricardo Leão, Pedro de Jesus Pinto é descrito como o operacional que "consegue acalmar toda a gente" na distrital, fazendo o equilíbrio entre as diversas sensibilidades. "Faz o trabalho que ninguém quer fazer, tem muito peso e não é cacique", resume um dirigente do PS de Lisboa à Renascença.

Prata Roque também é candidato

Pedro Pinto não irá correr sozinho à liderança da FAUL. Miguel Prata Roque, atual comentador da SIC e antigo secretário de Estado, também será candidato à liderança da distrital do PS de Lisboa. A notícia foi avançada esta tarde pelo jornal Público durante a tarde desta quinta-feira.

O cargo estava, até esta quarta-feira, ocupado por Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures, que se demitiu depois de estar no centro da polémica onde defendeu que quem fosse autor de desacatos públicos deveria perder o direito a habitação social como punição.

Em declarações à Renascença, Miguel Prata Roque propõe-se agora a ir a eleições para este órgão distrital do PS: "Estou a promover uma reflexão interna na distrital de Lisboa e com pessoas fora do PS sobre como uma esquerda moderna deve atrair mais pessoas para a participação política", com o socialista a não se alongar, remetendo para as declarações ao jornal Público, onde assumiu que se vai candidatar.

Comentador de televisão e, mais recentemente, porta-voz da queixa-crime contra o Chega alegando instigação ao ódio e desobediência na sequência da morte de Odair Moniz, o jurista surge em pista própria na corrida à distrital de Lisboa, com um dirigente desta estrutura a referir à Renascença que Prata Roque "terá o apoio da elite intelectual" da cidade, ao passo que Pedro de Jesus Pinto deverá garantir o conforto da máquina da FAUL.

A um ano da realização das autárquicas, a preocupação dos socialistas é que o processo de eleição do presidente da FAUL não frature o PS de Lisboa. Um dirigente desta estrutura diz à Renascença que "quem agitar demasiado as águas em Lisboa será responsável por uma eventual derrota" nas eleições previstas para o outono de 2025.

A atual direção da FAUL, que era liderada por Ricardo Leão, procura agora recompor-se de uma tempestade provocada, em grande parte, pelo artigo assinado por António Costa, onde pressionou Pedro Nuno Santos a afastar Ricardo Leão do cargo.

Para já, Pedro Pinto de Jesus vai assumir o cargo de forma interina, tal como já tinha feito quando Duarte Cordeiro terminou o mandato, antes de Ricardo Leão vencer as eleições para a FAUL e assumir o mandato há pouco tempo.

A eleição para a presidência da FAUL ainda não está marcada, mas diversas fontes do PS apontam Janeiro como a data mais provável, sendo o próprio presidente em exercício e candidato ao cargo a fazer a convocatória.

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