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OE2025

PS quer que fim de corte dos salários dos políticos só se aplique a mandatos futuros

15 nov, 2024 - 22:25 • Lusa

Os cortes de 5% estão em vigor desde 2010 e nunca revogados. 20 milhões de euros é o custo da reversão da medida.

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O PS avançou esta sexta-feira com uma alteração ao orçamento para que o fim do corte de 5% dos vencimentos dos titulares de cargos políticos, anunciado pelo PSD e CDS-PP, só se aplique a mandatos futuros.

Fonte do grupo parlamentar do PS adiantou à agência Lusa que esta proposta surge para evitar que o fim deste corte tenha efeitos imediatos e se aplique aos políticos que já estão no exercício do mandato.

De acordo com a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), a revogação dos artigos que fixam estes cortes produzem "efeitos para os mandatos que se iniciem em data posterior à da entrada em vigor da presente lei".

Esta tarde, foi confirmado que pelo líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, que PSD e CDS-PP iriam propor no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) o fim dos cortes de 5% nos vencimentos dos políticos em vigor desde 2010, considerando que "é da mais elementar justiça" acabar com esta medida.

Segundo Hugo Soares, a proposta será para que o fim dos cortes tenha "efeitos imediatos", mas disse estar disponível para a ajustar com os restantes grupos parlamentares.

A medida custa 20 milhões de euros, adiantou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Na nota justificativa da proposta socialista, o partido refere que a redução do vencimento dos titulares de cargos políticos e dos gestores públicos e equiparados foi "introduzida no âmbito de medidas excecionais de consolidação orçamental" e continua em vigor "apesar de extinto o procedimento por défice excessivo".

"Uma vez desaparecida a causa objetiva desta redução, levantam-se dúvidas sobre a razão de ser da permanência daquela norma jurídica no nosso ordenamento jurídico. Com efeito, a esmagadora maioria das medidas adotadas no período de ajustamento foram já justamente revogadas", justifica.

Por isso, o PS considera que é justo que esta redução de vencimento seja eliminada, mas ressalva a "só deve produzir efeitos para os mandatos iniciados futuramente, por forma a evitar que sejam beneficiados os atuais titulares de cargos políticos, tal como resultaria de propostas por outros partidos".

Os cortes, em vigor desde 2010 e nunca revogados, aplicam-se ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, deputados, membros do Governo, representantes da República para as regiões autónomas, deputados às Assembleias Legislativas das regiões autónomas, membros dos governos regionais, governador e vice-governador civil e presidente e vereadores a tempo inteiro das câmaras municipais.

A proposta tinha sido avançada pelo Expresso online e foi confirmada pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, na conferência de imprensa conjunta de PSD e CDS-PP de apresentação de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025.

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  • Anastácio Lopes
    18 nov, 2024 Lisboa 12:50
    Onde está o DEVER DE CIDADANIA respeitado por todos e cada um destes pseudo políticos que estão tão preocupados com os seus próprios aumentos, sem nada se preocuparem com as pobreza e miséria que as suas políticas impuseram e impõem ao povo? Onde está o PRINCÍPIO da IGUALDADE de TRATAMENTO respeitado pelos mesmos pseudo políticos, quando, simultaneamente em que se preocupam tanto com os seus ainda maiores aumentos, nada se preocupem com os cortes que impuseram e continuam a impor aos funcionários públicos empurrando-os a todos para as pobreza e miséria? É com tanta falta de responsabilidade que querem vir pedir o voto ao povo e que os serviços públicos tenham a dignidade profissional que há muito deixaram de ter, menos interessados em servir o Estado por não serem dignificadas as suas funções e as suas carreiras? Até onde chegam as desonestidades intelectuais, falta de vergonha, ausência de brio profissional e de sentido de responsabilidade deste conjunto de incompetentes e irresponsáveis políticos que nunca nada souberam fazer, empurrando o povo e o país, ainda mais, para a cauda da UE, como imagem de marca do que nunca souberam fazer? A estas indignidades o que tem o povo português a dizer e a fazer antes que seja tarde demais, o que acontecerá, quando nem dinheiro para pagarem as pensões e os vencimentos dos funcionários públicos tiverem, o que já faltou mais do que o que falta para tal acontecer, se nada o povo fizer, enquanto é tempo.

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