Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Portugal contribui com 283 mil euros anuais para Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

18 nov, 2024 - 16:45 • Lusa

Portugal participou durante este ano em mais de 100 reuniões do G20 a convite do Brasil.

A+ / A-

Portugal vai contribuir com 300 mil dólares anuais para a nova Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada esta segunda-feira pelo Presidente do Brasil na cimeira do G20, no Rio de Janeiro, anunciou o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

"O nosso compromisso é firme, assim como será o nosso investimento. Portugal irá contribuir com cerca de 10% do custo de funcionamento do mecanismo de Apoio da Aliança, 300.000 dólares (cerca de 283 mil euros), pelo menos até 2030", afirmou Luís Montenegro.

Numa intervenção na primeira sessão de trabalho da reunião de chefes de Estado e de Governo do G20 -- que Portugal integra pela primeira vez como observador a convite da presidência brasileira deste fórum internacional -, Montenegro saudou o Presidente Lula da Silva por trazer para o centro da discussão "temas absolutamente essenciais como a erradicação da pobreza e da fome".

"A decisão histórica de criar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza irá imprimir uma nova dinâmica política e deverá mobilizar-nos a todos para atingir os objetivos de de desenvolvimento sustentável 1 e 2 [das Nações Unidas] até 2030", afirmou.

O primeiro-ministro afirmou, numa intervenção a que a comunicação social ainda só teve acesso à versão escrita (os trabalhos da cimeira decorrem sem transmissão de sinal à imprensa), que "quebrar ciclos intergeracionais de pobreza é uma das prioridades de Portugal".

"É, assim, com especial satisfação que vemos as crianças e jovens no centro das preocupações refletidas no documento fundacional da Aliança", disse.

O primeiro-ministro português disse acreditar que a abordagem coletiva da nova Aliança -- a que o país se juntou como membro fundador -- vai contribuir para a partilha de conhecimento e experiências, mobilização de mais recursos públicos e privados e promoção de sinergias com outras iniciativas, nomeadamente das Nações Unidas e da União Europeia.

Montenegro destacou que Portugal investe atualmente, na política de cooperação, mais de 50% dos seus recursos bilaterais em áreas como as infraestruturas e serviços sociais (Educação e Saúde), a par das áreas da segurança alimentar e nutricional e, geograficamente, em Países Menos Avançados (PMA"s) e mais vulneráveis, com enfoque em África.

"E fá-lo, sempre, em espírito de parceria, garantindo a apropriação dos países parceiros e beneficiários. Acreditamos que a eficácia dos programas é tão relevante quanto o seu volume", disse, manifestando o desejo de Portugal impulsionar as oportunidades de cooperação triangular no quadro da Aliança com África, a América Latina e outras regiões.

Portugal participou durante este ano em mais de 100 reuniões do G20 a convite do Brasil, a nível ministerial e nível técnico, culminando com a cimeira de chefes de Estado e de Governo, no Rio de Janeiro.

O Brasil assumiu em 1 de dezembro de 2023, e até 30 de novembro deste ano, pela primeira vez, a presidência do G20 sob o tema "Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável". Na sua presidência convidou 19 países, incluindo Portugal, Angola, Moçambique e Espanha, e organizações como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Os membros do G20 -- EUA, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, Índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia e, ainda, a União Europeia e a União Africana -- representam as maiores economias, cerca de 85% do Produto Interno Bruto mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Anastácio Lopes
    19 nov, 2024 Lisboa 10:13
    Como compreender, justificar e aceitar esta contribuição do Governo português quando em Portugal tudo continua a fazer para aumentar diariamente essas pobreza, fome e miséria alguém, me sabe dizer? Se é verdade que a fome alastra no mundo, exige-se a quem faz estas contribuições que implemente políticas que para no interior dos seus países essa mesma fome não contribua para os que sofrem dela em todo o mundo, o que não sendo feito por este PM, prova-nos mais uma vez a sua irresponsabilidade e incoerência e incompetência aos impor a quem trabalha em Portugal, pensionistas e reformados aumentos na base da percentagem que tudo dão a uma minoria e muito pouco dão à maioria, impondo a essa maioria, cada vez mais pobreza, fome e miséria, o que é no mínimo vergonhoso, lastimável, e indignante num Estado de Direito e Pessoa de Bem que Portugal afirma ser mas que por esta e muitas outras razões nos continua a provar que apenas e só o é no papel. Que preocupação tem este PM com a fome e pobreza se tudo faz desde que tomou posse para aumentar ambas no país que afirma governar e para esse governo pediu o voto aos portugueses, cidadãos estes que nunca precisaram de um P;M que lhes prova diariamente nunca saber resolver os problemas do país e dos cidadãos, como este triste exemplo disso nos faz prova, mantendo-se indiferente, insensível e desumano, para com o sofrimento dos portugueses que já hoje são vítimas das suas políticas e que por causa delas, caíram na pobreza e na miséria, veja-se o aumento dos sem abrigo no país, e para os quais continua sem construir uma habitação para os recolher, o que é bem a imagem de marca deste PM e das suas políticas que nada contribuem para a dignidade humana, nem para a sobrevivência daqueles e daquelas a quem soube pedir o voto quando dele necessitou. É isto que se exige a qualquer político que se preze sê-lo?

Destaques V+