19 nov, 2024 - 18:59 • Filipa Ribeiro
Os deputados do PCP "não vão estar presentes" na sessão solene para assinalar o 25 de Novembro, na Assembleia da República. A confirmação foi dada esta segunda-feira pelo secretário-geral do Partido Comunista, numa sessão pública com o nome "A agenda privatizadora e a operação contra Abril – derrotar a política de direita e os projetos reaccionários ".
A uma semana de a data ser assinalado no Parlamento, Paulo Raimundo, considera que está em curso uma "operação" com objetivos "antidemocráticos de desvalorização e apagamento do 25 de Abril". Para o secretário-geral dos comunistas, "é Abril que deve ser comemorado".
Depois de na semana passada o partido ter dito à Renascença que se manifestaria oportunamente, esta segunda-feira, o secretário -geral do PCP fez o anúncio com críticas aos partidos de direita. Para Paulo Raimundo, as comemorações que a "direita reacionária" quer, "não são do povo".
Para o líder dos comunistas, o 25 de Novembro foi "um golpe contra-revolucionário e não um contra-golpe" e a sessão solene é uma "provocação" no ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril.
Paulo Raimundo considera que a "operação" para se assinalar a data é promovida por partidos "movidos por um ideário retrogrado, antidemocrático e fascizante" e defende que o objetivo de PSD/CDS, IL e Chega é "relançar" a ofensiva "contra-revolucionária" contra Abril e "esconder" os problemas e dificuldades do país.
Depois do PCP ter confirmado a ausência da sessão solene, também o Bloco de Esquerda se prepara para avançar esta semana que posição vai tomar sobre as comemorações. À Renascença, o partido já tinha referido que se opõe “à operação de revisão histórica que a direita e a extrema-direita promovem” com críticas `equiparação do 25 de Novembro ao 25 de Abril.