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PS cede e vota o fim do corte do salário dos políticos com efeitos imediatos

22 nov, 2024 - 13:21 • Manuela Pires

O Partido Socialista defendia que o fim do corte devia ser apenas para mandatos futuros, mas vai votar a favor da proposta de alteração ao orçamento do PSD e CDS que insistem que a medida dev e ter efeitos imediatos.

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O Partido Socialista vai votar a favor da proposta do PSD para acabar, com efeitos imediatos, com o corte de cinco por cento dos salários dos titulares de cargos políticos e gestores públicos que está em vigor desde 2010.

A líder parlamentar do PS anunciou esta manhã, aos jornalistas que não foi possível obter um consenso, mas o voto será favorável.

"O Partido Socialista sempre definiu que votaria a favor da proposta do PSD sem nenhuma diferença. Procurou-se obter um consenso mais amplo, mas se não foi possível, votaremos na mesma", afirmou Alexandra Leitão aos jornalistas.

Há uma semana, quando o PSD apresentou a sua proposta o partido socialista fez saber que apresentava também uma proposta de alteração para que o fim do corte de 5% do salário dos titulares de cargos políticos só se aplicasse a mandatos futuros.

Apesar de não se ter chegado a acordo, o partido socialista vai votar a favor e o fim do corte que existe desde 2010 terá efeitos imediatos.

É uma medida que conta com a contestação do Chega e da Iniciativa Liberal. No debate em plenário André Ventura acusou mesmo os dois partidos de estarem unidos numa aliança para aumentarem o salário dos politicos.

"É incompreensível e até mesmo escandaloso que, num momento em que os nossos idosos têm de escolher entre comprar comida ou medicamentos, os políticos vejam os seus bolsos a ficar cada vez mais cheios" considera o Chega.

Também a Iniciativa Liberal considera que os deputados não devem decidir em causa própria e que os políticos só devem ser aumentados em função do crescimento da economia.

" Não faz sentido que os deputados desta legislatura estejam a decidir em causa própria se vão ou não reverter esse corte. Havendo a proposta nós votamos contra", referiu Rui Rocha no Parlamento.

Os cortes, em vigor desde 2010 e nunca revogados, aplicam-se ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, deputados, membros do Governo, representantes da República para as regiões autónomas, deputados às Assembleias Legislativas das regiões autónomas, membros dos governos regionais, governador e vice-governador civil e presidente e vereadores a tempo inteiro das câmaras municipais.

Comentários
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  • EU
    28 nov, 2024 PORTUGAL 17:44
    Pois é minhas amigas e meus amigos, palavras são palavras, mas ELAS ferem mais que balas. No meio deste emaranhado de palavras ou letras vimos o número 5, não nos indicam os NÚMEROS MAIORES. Há dias, os POLÍTICOS que se sentam na Assembleia da República reclamavam pelo BAIXAR dos algarismos. Hoje, sem pestanejar DIZEM OKAY vamos votar sem regatear. Queiram ou não. Acreditem ou não, estas PERSONAGENS POLITIQUEIRAS, não valem nada, NÃO PRESTAM. Façam o favor, APROVEM a EUTANÁSIA o mais rápido possível, pois como MILITAR de ABRIL não tenho prazer em viver rodeado desta GENTE.
  • Anastácio Lopes
    22 nov, 2024 Lisboa 14:32
    Que indignante é o país ter um Governo para políticos e não ter esse mesmo governo para o resto da sociedade. Os funcionários públicos e os reformados e pensionistas que o digam. Como compreender, justificar e aceitar que um país cujo Governo alega não haver dinheiro para aumentar extraordinariamente os reformados e pensionista já tenha dinheiro para deixar de fazer cortes nos vencimentos dos políticos, quando, simultaneamente, impõe aos alegados sindicatos da Administração Públicas, aumentos anuais que nem a taxa de inflação cobram, empurrando todos os funcionários público, ainda mais, para a pobreza e miséria, sem sequer ter permitido aos mesmos a recuperação do poder de compra perdido na última década. Será para assim proceder que o país precisa de um alegado Governo que tem esta dualidade de critérios e que segue a filosofia do PRIMEIRO EU, DEPOIS AINDA EU E SO DEPOIS OS OUTROS.

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