28 nov, 2024 - 15:27 • Manuela Pires
O Parlamento aprovou esta quinta-feira o aumento adicional das pensões em 1,25 pontos percentuais. A proposta do PS foi aprovada com os votos a favor do PS, PCP, LIVRE, PAN, BE, a abstenção do Chega e os votos contra do PSD e do CDS e da IL durante as votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
A proposta do PS vai contra a vontade do Governo que acusa os socialistas de irresponsabilidade e de criarem um problema às contas públicas. Trata-se de uma subida extraordinária das pensões até três indexantes de apoios sociais (IAS) que se soma ao valor da atualização regular de janeiro contemplada na lei.
O PS estimar que a sua proposta tenha um impacto orçamental de 265 milhões de euros. No entanto, o estudo pedido pelo PSD à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) aponta para um incremento na despesa com pensões de 273,8 milhões de euros.
Ainda na terça-feira, o ministro das Finanças reiterava no Parlamento que a proposta do PS para um aumento adicional das pensões "cria um problema do ponto de vista das contas públicas", não sendo a melhor forma de assegurar uma subida maior das pensões.
"A proposta do PS cria um problema do ponto de vista das contas públicas porque cria despesa estrutural e permanente", defendeu o ministro na Assembleia da República.
As propostas dos restantes partidos de esquerda referentes ao aumento de pensões extraordinário foram todas rejeitados, com a abstenção do PS e do Chega, e os votos contra do CDS, PSD e IL.
O Bloco de Esquerda defendia um aumento efetivo das pensões mais baixas num mínimo de 50 euros. Alfredo Maia, do PCP, disse que os pensionistas não têm de ficar à espera do bónus do governo.
O PCP prevê a atualização “para todas as pensões corresponde a 5% do valor da pensão, não podendo o montante da atualização ser inferior a 70,00€ por pensionista”, lê-se na proposta.
Por último, o Livre apresentou uma proposta de aumento suplementar de pensões e “complementar à atualização anual das pensões”, com um aumento de 5,5% para as mais baixas, de valor inferior ao Indexante de Apoio Social e de 2% para pensões entre 1 e 2 vezes o indexante IAS.