28 nov, 2024 - 17:11 • Tomás Anjinho Chagas
O ministro da presidência tentou, esta quinta-feira, colocar um ponto final no tema da compra de novos veículos para a PSP e GNR, anunciada ontem pelo primeiro-ministro.
Depois de José Luís Carneiro, antigo ministro da Administração Interna, ter dito que este investimento tinha sido "planeado pelo anterior governo [do PS]", o atual ministro da presidência, António Leitão Amaro assegurou que a nova aquisição de 20 milhões de euros foi nova e da iniciativa do governo da AD.
Leitão Amaro esclarece que havia, de facto, um antigo investimento que continua a ser feito, garante que as cerca de 600 novas viaturas que vão ser adquiridas são uma novidade: "É novo, adicional, acresce e é decisão exclusiva deste governo", afirma o ministro. Ainda assim, António Leitão Amaro compara as críticas do PS com o tema do aeroporto.
"Que governantes do passado venham dizer, 'eu escrevi alguma coisa num papel, eu gostava de... era belo se...'. É como o aeroporto, nós tivemos décadas de governantes socialistas a dizer que iam fazer três aeroportos. Diziam, mas nunca decidiram", atira António Leitão Amaro.
Questionado se a forma como o anúncio foi feito, com pompa, às 20h da noite, com o primeiro-ministro a falar ao país, corre o risco de banalizar estes momentos, António Leitão Amaro rejeita e diz que este tema nunca pode ser desvalorizado.
"Não, o tema da segurança não é banalizável e sim, quando o primeiro-ministro fala sobre ele, com as ministras e os chefes das forças de segurança ao lado, está a dar a importância que o tema tem para o governo e para os portugueses", respondeu o ministro.
E em modo contra-ataque, Leitão Amaro lamentou que outros partidos não percebam isso.
Numa conferência de imprensa de quase uma hora, o ministro da presidência recusou comentar o mais que provável abandono do almirante Henrique Gouveia e Melo da chefia da Marinha.
António Leitão Amaro também não se quis alongar sobre o aumento permanente das pensões proposta pelo PS e aprovada na esta tarde no Parlamento.
Ainda assim, o Governo insiste que um aumento extraordinário e isolado seria uma solução mais responsável do que este aumento permanente.
"A convicção do governo é que é possível reforçar o poder de compra dos pensionistas de uma forma que seja mais responsável e sustentável, sob a forma de um suplemento extraordinário pago em cima da atualização das pensões", sublinhou, reiterando a posição inicial do executivo.