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OE2025

Chega retira pendões da fachada do Parlamento após chegada dos bombeiros

29 nov, 2024 - 09:32 • Beatriz Pereira , Olímpia Mairos , Manuela Pires , com Lusa

O incidente motivou aceso debate atrasando o início da sessão quase uma hora. O presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco, recusou suspender os trabalhos.

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“Vandalização” do património. Parlamento em debate aceso depois de colocação de tarjas pelo Chega nas janelas
Veja o vídeo.

Elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa chegaram à Assembleia da República pelas 11h20 para retirar os pendões colocados pelo Chega, mas quando se aproximaram das janelas as faixas foram recolhidas a partir do interior do edifício.

Os bombeiros montaram uma grua para aceder às janelas e retirar as faixas colocadas na fachada principal do Palácio de São Bento, mas acabaram por não ter de intervir uma vez que estas, quando se aproximaram, começaram a ser puxadas por elementos do partido, entre os quais o líder, André Ventura, a partir do interior.

O Partido Chega pendurou, esta sexta-feira, faixas nas janelas do Parlamento, em forma de protesto contra a medida que põe fim à suspensão do corte de cinco por cento nos salários dos dirigentes políticos. A medida foi aprovada no debate de especialidade do Orçamento do Estado.

O incidente motivou aceso debate atrasando o início da sessão quase uma hora. O presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco, recusou suspender os trabalhos.

A medida foi apresentada pelo PSD e CDS e acaba com o corte de 5% do salário dos titulares de cargos políticos e gestores públicos, já a partir de janeiro. Foi aprovada com os votos a favor do PS, PSD e CDS e PAN. Votos contra do Chega, Bloco de Esquerda, Livre e Iniciativa Liberal, e a abstenção do PCP.

Na rede social X, o líder do Chega, André Ventura, partilhou uma fotografia onde se pode ler nas faixas frases como "OE2025 aumenta o salário dos políticos. Vergonha”.

"Num momento em que não há dinheiro para pensões ou baixar impostos, os partidos aumentaram o salários dos políticos neste Orçamento. Não passarão impunes!", escreveu André Ventura.

Noutras faixas veem-se também as caras do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do líder do PS, Pedro Nuno Santos, com notas de euros à frente do rosto.

Já o vice-presidente do Chega. Pedro dos Santos Frazão, partilhou também uma imagem de um cartaz na rua, onde escreve que "este orçamento vai aumentar os salários dos políticos e mantém as subvenções milionárias aos partidos!".

André Ventura já informou que o seu grupo parlamentar vai abdicar do aumento. “Nós prescindimos todos. Deputado Hugo Soares, já que lançou o desafio, o país vai saber e ainda bem que vai saber. Porque nós vamos e estamos dispostos a prescindir dele", disse o líder do Chega no debate de quinta-feira.

Esta sexta-feira realiza-se a votação final do Orçamento do Estado para 2025.

[notícia atualizada às 11h55 de 29 de novembro de 2022]

Comentários
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  • António dos Santos
    29 nov, 2024 Coimbra 15:49
    Este parlamento envergonha o país!!! Porque se transformou num circo!!! O diálogo entre deputados é pior que as gajas do Cais do Sodré!!! Tudo isto, revela a fraquíssima, ou nenhuma qualidade, dos deputados deste parlamento!!! NÃO PASSAM DE UMA CAMBADA DE INÚTEIS QUE SÓ SUGAM O DINHEIRO DOS PORTUGUESES.
  • ze
    29 nov, 2024 aldeia 13:00
    "eles" aumentam-se a eles proprios,1º eles.....depois.....eles e no fim.....eles....para bons tachos e acumular fortuna.Por isso é que "eles" e os afilhados e amigalhaços não gostam do Chega!
  • Timbo Caspite
    29 nov, 2024 Lisboa 12:28
    A camada política em países com certo grau de vulnerabilidade social onde Portugal se inclui assim como Itália, Grécia, Brasil, países africanos, árabes entre outros, possuem um único objetivo: a manutenção do poder. Num país onde o salário mínimo nacional chegará a 870€ em 2025, o que justifica um aumento gradual nos salários dos políticos? E por que os políticos deveriam ter salários? Por que não podem "estar disponíveis para os cargos legislativos", em paralelo com o exercício dos seus trabalhos comuns, ao invés de assaltar os cofres públicos com seus altos salários para pouco produzir para a nação? Portugal está com tantos desafios para se tornar atrativo para investimentos externos (chineses não são bons investidores , mas isto daria uma outra conversa), Portugal precisa de "curas" no SNS, mais investimentos na área de educação, principalmente na educação básica e não gastos com políticos a troco de absolutamente nada.
  • "Inverificavel"
    29 nov, 2024 AR 11:57
    Populismo barato! Primeiro "dá-se". Depois "exige-se". Os políticos devem ser bem pagos. Mas também muito melhor fiscalizados tanto na ação, como no cumprimento de promessas. E ver o mandato cessado antes do tempo, se não cumprirem tanto com uma como com outra, fiscalizando se durante o mandato não andaram a privilegiar determinadas empresas para onde seguem para Conselhos de Administração mal saiam da política. E o tempo de parlamento deve contar, mas não para Reforma por inteiro após 12 anos - quem mais tem isso? Com regras claras, é que deve ser. Não populismos baratuchos, muitas vezes inverificáveis.
  • Anastácio Lopes
    29 nov, 2024 Lisboa 10:50
    Só o egoísmo, a ganância e a total falta de respeito, entre outros, pelo Princípio da CIDADANIA tanto proclamado pelo PM mas nunca respeitado pelo próprio e por todos os membros do seu ainda governo, justificam a decisão aprovada do fim do corte dos salários dos políticos, já não lhes basta andarem há meio século a poderem reformar-se com reformas milionários ao fim de dois escassos mandatos, como sinda por cima, quando afirmam que o país não pode dar um mísero aumento de 1,5% nas pensões e reformas mais baixas, algumas das quais não chega a 20€ esse aumento extra, por teimarem em imporem aumentos na base da percentagem e nunca aumentos maiores para quem menos ganha e menores para quem mais ganha, o que num país com 1/5 da população já na pobreza é inqualificável, intelectualmente desonesto e irresponsável. Esta atitude do Chega seria melhor aceite e compreendida se a sua proposta de aumento que não foi aprovada, tivesse sido diferente das outras, não só no valor mas principalmente no valor maior a aumentar para os que têm menores reformas, o que mais uma vez nenhum partido se dignou a fazer e depois vêm-nos dizer que querem reduzir a pobreza no país, como com decisões como esta que só agravam essa pobreza? Mal dos reformados e pensionistas portugueses que são assim enxovalhados por estes políticos da treta, que nunca respeitaram o princípio da CIDADANIA, apesar de quando lhes dá jeito, saberem falar do mesmo nem que seja só para português ver e ouvir e nunca para o respeitar

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